Descrição de chapéu Venezuela

Militares venezuelanos bloqueiam ponte na fronteira com a Colômbia, diz jornal

Acesso por onde entraria ajuda humanitária é impedido por contâineres

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San Cristóbal | AFP

Militares venezuelanos bloquearam uma ponte na fronteira com a Colômbia na madrugada desta quarta-feira (6), em um momento em que a ajuda humanitária é esperada devido à grave escassez de alimentos e medicamentos na Venezuela, afirmou o jornal local de oposição Tal Cual.

A cisterna de um tanque de transporte de combustível e um gigantesco contêiner de carga foram cruzados na estrada para fechar a passagem na ponte Tienditas, que liga as cidades de Cúcuta (Colômbia) e Ureña (Venezuela), constatou uma equipe da AFP na área. 

Franklyn Duarte, deputado no estado fronteiriço venezuelano de Táchira, disse à AFP que "efetivos das Forças Armadas bloquearam a passagem" durante a tarde. 

 

A ajuda humanitária foi administrada por Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional reconhecido por mais de 30 países como presidente interino depois de ter se autoproclamado em 23 de janeiro. 

A oposição foi empossada depois que Nicolás Maduro foi declarado como um "usurpador" da presidência. 

Maduro nega a possibilidade de aceitar ajuda internacional, considerando-a uma "desculpa" para iniciar uma intervenção militar encabeçada pelos Estados Unidos. 

Segundo Duarte, a passagem na ponte foi bloqueada depois que um incidente confuso ocorreu em Ureña quando os soldados chegaram em veículos blindados para vigiar a fronteira. 

Ponte entre as cidades de Cúcuta (Colômbia) e Táchira (Venezuela) é bloqueada - Schneyder Mendoza/AFP

Três pessoas ficaram feridas, diz o legislador, depois que um tanque atingiu alguns motociclistas. 

"Eles podem colocar uma parede e não impedirão a entrada da ajuda", disse o deputado.

A ponte ainda não foi inaugurada. Ela seria lançada em 2016, mas o fechamento temporário da fronteira comum de 2.200 km - ordenada pelo governo de Maduro no final de 2015 e suspensa meses depois - atrasou sua abertura. 

No entanto, segundo a imprensa, seria uma das rotas para a entrada de remessas de alimentos e remédios do exterior, embora Duarte assegure que isso ainda "não havia sido definido". 

A oposição venezuelana pede às Forças Armadas que autorizem a passagem da ajuda humanitária, que segundo Guaidó está reunida na Colômbia, no Brasil e em uma ilha caribenha cujo nome não foi revelado. Os Estados Unidos já anunciaram uma primeira remessa.

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