Três executivos da Citgo, subsidiária da petroleira venezuelana PDVSA nos EUA, foram destituídos do cargo na segunda-feira (19). Os executivos, que atuavam como vice-presidentes, são aliados ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
A destituição é mais um capítulo da queda de braço entre Maduro e o líder oposicionista, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 nações, pelo controle do país caribenho.
Na semana passada, a Assembleia Nacional da Venezuela, de oposição e da qual Guaidó é presidente, indicou um novo conselho diretor para a Citgo, o ativo estrangeiro mais valioso da Venezuela.
Apesar do reconhecimento internacional a Guaidó, Maduro retém o controle das instituições estatais, entre elas a PDVSA, principal fonte de renda do regime, e conta com o apoio das Forças Armadas.
Frank Gygax, Nepmar Escalona e Simon Suarez foram retirados da sede da Citgo em Houston, no Texas, na segunda-feira (18), pela equipe de recursos humanos, disseram funcionários da empresa. Não ficou claro se os executivos foram demitidos, forçados a renunciar ou se aposentaram.
Um quarto alto funcionário do Citgo, o auditor-geral Eladio Pérez, também foi retirado de seu escritório, de acordo com funcionários.
A Citgo é a oitava maior refinadora dos EUA e tem fábricas em Illinois, no Texas e na Louisiana, sendo responsável por 4% de toda a capacidade de refino dos EUA. A empresa opera tubulações e terminais de combustível e fornece combustível para uma rede de varejo de 5.500 postos de gasolina em 29 estados dos EUA.
A produção de petróleo pela PDVSA caiu para o nível mais baixo em cerca de 70 anos devido a dívidas, corrupção e baixa manutenção de sua infraestrutura, em meio à grave crise econômica pela qual passa o país.
O governo do presidente Donald Trump, que apoia Guaidó, impôs sanções contra o setor petrolífero venezuelano no dia 28 de janeiro, com o objetivo de impedir exportações para os EUA e aumentar a pressão sobre Maduro.
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