Ex-presidente do Peru é preso por embriaguez em público nos EUA

Alejandro Toledo é acusado de ter recebido US$ 20 mi em propinas da Odebrecht

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Los Angeles | AFP e Reuters

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo, 73, considerado fugitivo em seu país, foi detido na noite de domingo (17) por se embriagar em público num restaurante na Califórnia, informou nesta segunda-feira (18) a polícia local.

Toledo foi detido quando a polícia atendeu a um chamado sobre um homem bêbado em um restaurante na região de Palo Alto, disse à agência de notícias AFP a porta-voz do comissário do condado de San Mateo, detetive Rosemerry Blankswade.

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo em foto feita pela polícia do condado de San Mateo, na Califórnia
O ex-presidente peruano Alejandro Toledo em foto feita pela polícia do condado de San Mateo, na Califórnia - via Reuters

Levado à prisão, ele deixou o local na manhã seguinte. O Peru apresentou aos Estados Unidos um pedido de extradição de Toledo, condenado a 18 meses de prisão sob a acusação de ter recebido um suborno milionário da empreiteira Odebrecht.

As autoridades americanas ainda avaliam o pedido. O xerife local afirmou conhecer os problemas legais que Toledo enfrenta no Peru, mas que "a existência de acusações em seu país por si só não autoriza a prisão da pessoa nos Estados Unidos".

Em entrevista por telefone à agência de notícias Reuters, Toledo negou que tenha sido preso, classificando a informação sobre a detenção como parte de uma conspiração orquestrada por seu adversários políticos.

Toledo, que governou o Peru entre 2001 e 2006, é acusado de ganhar US$ 20 milhões em propina da Odebrecht em troca de um contrato lucrativo para a empresa. Ele nega qualquer irregularidade.

Além de Toledo, a líder da oposição peruana, Keiko Fujimori, também é acusada de ter recebido propina da construtora brasileira. 

Ainda são investigados outros três ex-presidentes: Ollanta Humala (2011-2016), que ficou preso por nove meses com sua esposa, Nadine; Alan García (1985-1990, 2006-2011), que pediu asilo na embaixada do Uruguai e teve o pedido negado; e Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), que renunciou em março, alvo de denúncias de corrupção.

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