'Coletes amarelos' voltam a se mobilizar na França após anúncios de Macron

Além de Paris, manifestantes realizam atos por todo o país, como em Estrasburgo e Toulouse

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Manifestantes "coletes amarelos" realizam ato neste sábado (27), em Paris
Manifestantes "coletes amarelos" realizam ato neste sábado (27), em Paris - Zakaria Abdelkafi/AFP
Estrasburgo (França) | AFP

Dois dias após os anúncios do presidente francês Emmanuel Macron em resposta à crise social no país, os "coletes amarelos" voltam a mobilizar-se neste sábado (27) com manifestações, principalmente em Paris e Estrasburgo.

É o 24º sábado de mobilização. Há cinco meses, os "coletes amarelos" reivindicam todos os sábados mais justiça social e fiscal, em protestos por vezes marcados de violência.

Na noite da última quinta-feira (25), Macron anunciou um conjunto de medidas destinadas a aumentar o poder de compra das classes média e pobre.

O presidente de 41 anos falou em uma "diminuição significativa" nos impostos que recaem sobre os salários. Os cortes valem cerca de 5 bilhões de euros, disse ele. A diminuição da arrecadação será financiada com o fechamento de brechas fiscais que beneficiam algumas empresas, com o aperto nos gastos do governo e fazendo os franceses trabalharem mais.

No entanto, ele descartou impor jornadas de trabalho semanais mais longas —atualmente, a legislação determina 35 horas por semana— ou extinguir feriados bancários.

Atos pelo país

Centenas de manifestantes - convocados pelo sindicato CGT e os "coletes amarelos" - tomaram pela manhã o Boulevard Montparnasse, na capital francesa, de acordo com informações da AFP.

Em Estrasburgo, centenas de "coletes amarelos" também protestavam. Pascal Harter, um aposentado de 58 anos, considerou que não há "nada de concreto" nos anúncios de Macron.

A prefeitura do Baixo Reno, no nordeste do país, proibiu atos de protesto em partes do centro histórico da cidade, bem como na estação de trem e nas proximidades das instituições europeias.

Em Toulouse, no sudoeste, um protesto foi convocado no centro da cidade, apesar do fato de que as manifestações na Praça do Capitólio, no centro histórico, terem sido proibidas novamente.

Em Lille (norte), Rennes (oeste) ou Rouen (noroeste) também foram proibidas nos centros das cidades.

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