O jornal do Partido Comunista de Cuba, que controla o governo do país, e outros periódicos da ilha vão reduzir suas edições a partir de sexta-feira (5) por falta de papel. A medida é similar à primeira feita por Fidel Castro no começo da crise econômica da década de 1990.
"Devido às dificuldades com a disponibilidade de papel jornal no país, as edições do jornal Granma às quartas e sextas-feiras, assim como os semanários Granma Internacional, Trabajadores, Orbe e Opciones, serão reduzidas de 16 para oito páginas, a partir de sexta-feira", relatou nesta quinta (4) o órgão oficial do partido.
O texto destacou que o Juventud Rebelde, outro jornal de âmbito nacional, "circulará aos domingos com sua paginação habitual e deixará de circular aos sábados", enquanto "outras publicações em série (...) também terão sua circulação afetada".
Em 24 de agosto de 1991, o Granma anunciou um reajuste similar dos jornais, também devido à falta de papel, na primeira medida tomada por Fidel Castro para enfrentar a crise dos anos 1990.
Cinco dias depois, o governo cubano relatou severas restrições ao consumo de combustível e outros produtos essenciais, bem como a paralisação dos investimentos.
O anúncio desta quinta-feira ocorre em um momento em que os cubanos enfrentam escassez de alimentos básicos, como ovos, farinha de trigo e frango.
Também se dá num contexto em que Washington aposta na queda de Nicolás Maduro na Venezuela e se opõe radicalmente a Cuba e Nicarágua, países aliados ao chavismo.
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