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De verde-limão, ex-porta-voz de Trump estreia na Dança dos Famosos passando vergonha

Apresentação de salsa de Sean Spicer acaba com uma das piores da noite no programa americano

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São Paulo

Desde o momento em que Sean Spicer apareceu de camisa de babados verde-limão nos primeiros segundos de Dancing with the Stars, já se podia imaginar que a participação dele no episódio de estreia do reality show não seria discreta.

Spicer foi, para refrescar a memória do caro leitor, o primeiro porta-voz do presidente americano Donald Trump.

Ficou seis meses no cargo, tempo suficiente para falar mentiras —inaugurando a era dos "fatos alternativos—, brigar com jornalistas e ser imortalizado na imitação da atriz Melissa McCarthy no programa Saturday Night Live. 

Dois anos depois, sabe-se lá por que razão, o ex-funcionário da Casa Branca juntou-se ao elenco do DWTS, cuja versão brasileira, Dança dos Famosos, é um quadro do Domingão do Faustão.

Competindo com ele para ver quem se sai melhor na dança de salão estão outras 11 celebridades variadas, que incluem Lamar Odom, ex-jogador da NBA e ex-marido de Khloe Kardashian; Kate Flannery, a Meredith da série "The Office"; e James Van Der Beek, o eterno personagem-título de "Dawson's Creek".

Na estreia ao vivo da temporada de DWTS na noite de segunda-feira (16), Spicer foi o penúltimo a dançar.

Nas cenas que o apresentam antes do número de dança, ele diz, aparentemente sem ironia, que "ser secretário de imprensa de Trump era intimidador, mas não é nada perto do DWTS".

Sua parceira de dança não lhe é nem um pouco simpática: "Vou formar minha própria opinião sobre ele", diz a pobre Lindsay, antes de dizer ao telespectador que a habilidade de dança do ex-assessor da Casa Branca é a de uma criança pré-pré-escolar.

O constrangimento não acaba. O número salsa começa com Spicer tocando bongôs. A música é das Spice Girls. Sim: Spicer/Spice Girls, entendeu?

O ex-porta-voz de Donald Trump, Sean Spicer, e sua parceira de dança, Lindsay Arnold, antes da estreia no programa
O ex-porta-voz de Donald Trump, Sean Spicer, e sua parceira de dança, Lindsay Arnold, antes da estreia no programa - Reprodução

O ex-porta-voz fica meio parado, enquanto a esforçada Lindsay faz todo o trabalho, rodopiando em volta dele.

Ele balança os braços com babados verde-limão com energia e sem ginga nenhuma. A camisa apertada e a calça branca parecem ser escolhidas especialmente para destacar que ele está acima do peso.

Seus movimentos são duros, fora do ritmo, e seus sorrisos, forçados.

Por sorte, acaba rápido. Os jurados não sabem o que dizer: "Foi estranhamente divertido", arrisca um.

"Você estava fora do ritmo quase o tempo todo", diz outro. Todos riem amarelo, dos outros competidores aos MCs do programa. Lindsay deve estar pensando em como conseguir outro emprego.

A performance fica a quilômetros das melhores da noite, como as de Hannah Brown, ex-Bachelorette, e Lauren Alaina, cantora country. Na pontuação, Spicer só supera Odom —uma injustiça com o ex-jogador da NBA.

A cereja do bolo é que depois de Spicer vem o bonitão Van Der Beek, o último da noite, que, vestido com um elegante colete cinza, derrete corações ao dançar tango com graça e habilidade e, claro, leva a melhor pontuação do episódio.

Seria a forma que Hollywood encontrou de se vingar de Trump?

O presidente, ele também uma ex-estrela de reality shows, vai deixar de apoiar o ex-funcionário com tuítes, como fez antes da estreia?

O restante da temporada dirá se os produtores encontrarão novos e criativos modos de humilhar o republicano.

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