O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (14) que a política externa do seu governo "tem os olhos postos no mundo, mas em primeiro lugar no Brasil".
A declaração ocorreu durante a 11ª cúpula do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada em Brasília.
"A política externa do meu governo tem os olhos postos no mundo, mas em primeiro lugar no Brasil. Para estar em sintonia com as necessidades da nossa sociedade, ajudar a ampliar o bem estar dos nossos cidadãos", disse o presidente.
"Sob a forma de avanços em ciência, tecnologia e inovação, de mais e melhores empregos, mais renda, melhor sistema de saúde pública. Tudo mais que faça diferença para melhorar o cotidiano de todos."
Viajaram a Brasília para participar da cúpula os presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Cyril Ramaphosa (África do Sul), além do premiê Narendra Modi (Índia) e do dirigente da China, Xi Jinping.
O Brasil manteve neste ano a presidência do Brics, tarefa que em 2020 caberá à Rússia.
Apesar da defesa por uma política externa "que tenha os olhos postos em primeiro lugar no Brasil", algo que lembra o lema "os EUA primeiro", do presidente Donald Trump, Bolsonaro fez uma defesa enfática da relevância do Brics durante sua fala.
Ele disse que o bloco criado há mais de dez anos, em meio a uma grave crise internacional, desde então tornou "evidente a importância das economias emergentes para a vitalidade da economia mundial".
"Hoje a relevância econômica do Brics é ainda mais inquestionável e seguirá crescendo nas próximas décadas. A sua pujança no plano econômico, junto à diversidade, à criatividade e ao vigor das nossas sociedades e povos. Esses valiosos ativos constituem a matéria-prima para proveitosa cooperação dos nossos países", pontuou.
Bolsonaro também afirmou que o Brasil e os demais países do bloco coincidem na defesa de uma "governança global mais inclusiva".
Na quarta-feira (13), em eventos que ocorreram durante a cúpula, os demais chefes de governo e suas delegações defenderam o sistema multilateral.
A China, por exemplo, fez um apelo pela defesa das regras de comércio internacional.
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