Fotos de protestos na África e de confronto na Síria são finalistas do World Press Photo 2020

Lista de indicados ao maior prêmio de fotojornalismo foi divulgada nesta terça-feira

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São Paulo

O World Press Photo, principal prêmio de fotojornalismo do mundo, divulgou nesta terça-feira (25) os finalistas de sua edição 2020.

Das seis imagens candidatas à categoria principal, foto do ano, duas registram cenas de protestos na África —uma na Argélia, registrada por Farouk Batiche, e outra no Sudão, de Yasuyoshi Chiba, profissional da agência de notícias AFP que por anos trabalhou no Brasil.

A lista traz também um retrato feito por Mulugeta Ayene de parentes das vítimas do voo da Ethiopian Airlines que caiu perto da cidade de Bishoftu em março de 2019 e matou todas as 157 pessoas a bordo.

Outra imagem mostra um soldado gravemente ferido na Síria, registrada pelo multipremiado Ivor Prickett, em cobertura para o jornal americano The New York Times.

E, em outra face do mundo militar, uma foto de Nikita Teryoshin exibe um executivo levando granadas durante uma feira de armas em Abu Dhabi. 

Há também um retrato, cuja autoria é de Tomek Kaczor, de uma jovem armênia de 15 anos, que acordou de um estado catatônico, feito em um centro de refugiados na Polônia.

O Brasil aparece retratado na categoria de esportes, com a imagem de torcedores do Flamengo, no estádio do Maracanã, assistindo à final da Copa Libertadores, realizada em Lima, no Peru, por meio de um telão. 

A autora do registro, que mostra uma criança com o rosto pintado para emular a barba do atacante Gabigol, é a peruana Silvia Izquierdo, chefe de fotografia da agência Associated Press no Brasil.

A foto vencedora será anunciada em 16 de abril de 2020, em Amsterdã.

Em 2019, a imagem escolhida foi a de uma criança chorando enquanto sua mãe é revistada por agentes dos Estados Unidos na fronteira do país com o México, fotografada pelo americano John Moore.

O registro acabou se tornando símbolo da política de separação de crianças de seus pais na fronteira, determinada pelo presidente Donald Trump em 2018 —embora a criança na imagem não tenha sido separada da mãe. 

Em entrevista à Folha, Moore criticou a forma como o governo americano lida com os imigrantes e descreveu a foto como “um breve momento de ansiedade de separação”.

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