Arábia Saudita prende 298 funcionários públicos por corrupção

Crimes movimentaram o equivalente a mais de meio bilhão de reais

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Riade | Reuters

A Arábia Saudita anunciou no domingo (16) a detenção de centenas de funcionários do governo, incluindo militares e oficiais de segurança.

Um órgão anticorrupção conhecido como Nazaha publicou em uma rede social a prisão e o indiciamento das autoridades sob acusação de crimes como suborno, peculato, exploração de cargos públicos e abuso de poder, envolvendo um total de 379 milhões de riais (R$ 505 milhões).

A agência não forneceu os nomes dos detidos.

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, durante encontro com o secretário de Estado americano - Mandel Ngan 18.sep.19/Reuters

Entre os envolvidos estão oito oficiais do Ministério da Defesa suspeitos de suborno e lavagem de dinheiro em relação a contratos governamentais entre os anos de 2005 e 2015, além de 29 funcionários do Ministério do Interior da Província Oriental, incluindo três coronéis, um general principal e um general brigadeiro.

Dois juízes também foram detidos porque teriam recebido propina, assim como nove funcionários acusados ​de corrupção na Universidade AlMaarefa, em Riad, disse Nazaha.

Dezenas de figuras da elite política e econômica do reino já haviam sido detidas em 2017 no hotel Ritz-Carlton, na capital, Riade, em uma operação anticorrupção que chocou investidores estrangeiros.

Na ocasião, foram presos 11 príncipes e dezenas de ministros e antigos secretários de Estado, em uma ação sem precedentes, na qual o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, 32, buscou consolidar seu poder.

Foram ainda destituídos o chefe da Guarda Nacional, o chefe da Marinha e o ministro da Economia.

As prisões daquele ano ocorreram logo após a emissão de um decreto real para criar uma comissão anticorrupção liderada pelo príncipe herdeiro.

No ano passado, autoridades disseram que passariam a investigar funcionários comuns do governo.

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