Ex-braço direito do papa Francisco, o cardeal George Pell teve sua condenação por abuso sexual anulada pela mais alta corte da Austrália nesta terça (7), pelo horário local (noite de segunda em Brasília).
Segundo a determinação, ele deve sair da cadeia imediatamente, depois de mais de 400 dias preso. Pell não estava presente na sessão que deliberou pela sua soltura e recebeu a informação por meio de seus advogados.
O ex-tesoureiro do Vaticano havia sido condenado a seis anos de prisão por uma corte australiana em março de 2019.
Pell, 78, foi considerado culpado em dezembro de 2018 de abusar de dois meninos que faziam parte do coral da catedral de São Patrício, em Melbourne, onde era arcebispo.
Os crimes ocorreram nos anos 1990, quando os garotos tinham entre 12 e 13 anos de idade.
Durante a audiência que determinou a duração da pena a ser cumprida por Pell, o juiz Peter Kidd disse que "sua conduta foi marcada por uma arrogância impressionante".
"De forma geral, considero que a culpabilidade nos dois casos é alta", afirmou na ocasião.
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