Um casal que participou da invasão do Capitólio, em 6 de janeiro, fez um acordo e se declarou culpado, em troca de uma pena menor. Foi o primeiro trato do tipo para acusações leves —que poderá servir de precedente para centenas de casos similares.
A Justiça dos EUA está processando mais de 450 pessoas pelo ataque ao Congresso do país, promovido por apoiadores de Donald Trump que tentavam reverter o resultado da eleição à força. A ação deixou cinco mortos e não impediu a certificação da vitória de Joe Biden, que tomou posse em 20 de janeiro.
Jéssica e Joshua Bustle, da Virgínia, declararam-se culpados nesta segunda-feira (14) de violar uma lei federal que proíbe protestos dentro do Capitólio sem autorização. Assim, serão processados como autores de uma contravenção. O casal concordou em pagar, cada um, uma indenização de US$ 500 (R$ 2.530) e poderá pegar até seis meses de prisão. A data para a sentença ainda não foi divulgada.
Outras pessoas acusadas de planejar e incitar a invasão estão sendo processadas por crimes mais graves. Na semana passada, por exemplo, seis homens da Califórnia que teriam ligação com um movimento radical de defesa das armas foram indiciados por conspiração para atacar o Capitólio.
Em abril, Jon Schaffer, membro do grupo de direita Oath Keepers, havia se declarado culpado das acusações de obstruir a certificação da eleição de 2020 e de invadir um prédio de acesso restrito. A Promotoria pediu uma sentença de até quatro anos e meio para ele.
Em 2 de junho, Paul Hodgkins, da Flórida, também havia se declarado culpado de obstruir um procedimento oficial. Ele pode pegar até 21 meses de detenção.
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