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Europa reabre fronteiras para americanos; veja novas regras para turistas

UE ampliou para 12 os países de onde são aceitas viagens não essenciais; cada Estado-membro é responsável por restrições adicionais ou liberações

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Bruxelas

O Conselho Europeu (que reúne os governos dos 27 membros da União Europeia) ampliou de 8 para 12 a lista de países dos quais viajantes podem entrar livremente no bloco, abrindo suas portas para quem chega dos Estados Unidos. O Reino Unido, embora tenha taxa menor de novos casos de coronavírus que a americana, não foi incluído por apresentar um crescimento importante de casos da variante delta, mais contagiosa.

A nova relação leva em conta um relaxamento dos critérios usados para proibir a entrada de quem vem de fora da UE, em 20 de maio, e vale para a zona Schengen (que inclui Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça). O patamar máximo estabelecido é de 75 novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes em 14 dias (no Brasil, o número mais recente computado pelo centro de controle de doenças europeu é 443/100 mil, em alta).

Além da taxa de contágio e de testagem, são avaliadas as ações de combate à pandemia e a oferta de dados confiáveis. Com base nesses critérios, a partir desta sexta foram incluídos na lista branca da UE a Albânia, o Japão, o Líbano, a Macedônia do Norte e a Sérvia, além dos EUA. Austrália, Coreia do Sul, Israel, Nova Zelândia, Ruanda, Singapura e Tailândia já faziam parte do grupo, além da China —quando oferecer reciprocidade.

Viajantes que saem do Brasil continuam não sendo aceito na maioria dos principais destinos turísticos, como Itália, Portugal, Reino Unido, Alemanha e França, mesmo que estejam completamente vacinados;

Turistas em Veneza, após reabertura da Itália para países da UE, Reino Unido e Israel - Manuel Silvestri - 16.mai.2021/Reuters

O Conselho também aprovou a reabertura para Hong Kong, Macau e Taiwan. Já eram considerados cidadãos europeus para as regras de viagem os residentes de Andorra, Mônaco, San Marino e Vaticano.

A inclusão na lista branca significa que viagens não essenciais estão autorizadas para qualquer passageiro, tenha ou não sido vacinado —nesses casos, testes com resultado negativo para coronavírus serão necessários.

As recomendações do Conselho não são vinculativas, ou seja, os Estados-membros continuam responsáveis por decidir as regras de entrada de cidadãos ​de fora da UE, tanto para manter proibições quanto para levantar restrições. As determinações em vigor podem ser consultadas no site reopen.europa.eu, da União Europeia.

Os países do bloco também podem retirar a necessidade de testes e quarentenas para viajantes de qualquer país que tenha recebido as doses recomendadas de uma vacina autorizada pela agência regulatória europeia (EMA) —AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Janssen— ou pela OMS —além dessas quatro, Coronavac e Sinopharm.

No começo deste mês, por exemplo, a Espanha anunciou que passaria a admitir turistas de todos os países, desde que tenham recebido as doses recomendadas de vacina —aprovadas pela EMA ou pela OMS— há ao menos 14 dias ou tenham se recuperado de Covid-19.

O relaxamento vale inclusive para quem vem de países "de risco", segundo o governo espanhol, mas não para quem sai do Brasil, da Índia ou da África do Sul.

​Já a Alemanha anunciou que vai abrir para todos os completamente imunizados com vacinas aprovadas na UE, a não ser de lugares em que variantes preocupantes sejam relevantes. Britânicos, por exemplo, terão que fazer quarentena de cinco dias na Alemanha e na Itália.

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Como complemento para a temporada de férias, o governo espanhol seguiu o francês e não exigirá mais o uso de máscaras ao ar livre a partir de 26 de junho —embora a medida continue a ser recomendada pela OMS sempre que não for possível manter distanciamento físico.

O uso do equipamento de segurança na Espanha era obrigatório desde maio de 2020.

Readmitir turistas estrangeiros é considerado fundamental para países como Portugal, Espanha, França, Grécia, Itália e Croácia, que obtêm parte significativa de suas receitas durante o verão europeu, mas eleva o risco de disseminação da variante delta, segundo epidemiologistas. Para eles, é preciso acelerar as campanhas de vacinação para evitar um novo repique de casos.

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