O ex-policial Eric Adams, 60, venceu as primárias democratas para a Prefeitura de Nova York, segundo aponta projeção da agência de notícias Associated Press divulgada na noite desta terça-feira (6). Caso eleito no pleito marcado para novembro, ele será o segundo prefeito negro da cidade —o único foi David Dinkins, morto em 2020, que ocupou o posto de 1990 a 1993.
Atual presidente do distrito de Brooklyn, Adams tem conduzido sua campanha em torno de pautas como a segurança pública e o combate ao racismo nas forças policiais.
“Embora ainda haja uma quantidade muito pequena de votos a serem contados, os resultados são claros: uma coalizão histórica liderada por nova-iorquinos da classe trabalhadora nos levou à vitória nas primárias", disse o político em comunicado logo após os resultados.
"Agora devemos focar a vitória de novembro para que possamos cumprir a promessa de uma cidade para aqueles que estão comprometidos com um futuro seguro, justo e acessível", acrescentou.
A apoiadores Adams, conhecido como um moderado, comentou as reformas que pretende empreender na segurança pública. "Se as vidas negras realmente importam, não podemos ser apenas contra o abuso policial", disse. "Temos que ser contra a violência que está destruindo nossas comunidades."
Ele se tornou policial em 1984 e ascendeu rapidamente ao posto de capitão. Ficou na polícia durante 22 anos e, em 2006, disputou o Senado estadual, para o qual foi eleito.
Na disputa democrata, logo atrás de Adams estão Kathryn Garcia, funcionária pública do departamento de saneamento, e Maya Wiley, professora e ex-conselheira de Bill de Blasio, atual prefeito nova-iorquino. Até março, o favorito era Andrew Yang, empresário de origem asiática da área de tecnologia que, no entanto, desidratou ao longo da campanha. A participação nas primárias foi de apenas 26%.
Adams já é tido como favorito nas eleições de novembro, uma vez que Nova York é uma cidade majoritariamente progressista, com amplas comunidades de pessoas negras e imigrantes. Ele enfrentará o republicano Curtis Sliwa, fundador da ONG de combate à violência Anjos da Guarda.
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