Folha Internacional completa 10 anos tentando explicar o Brasil aos estrangeiros

Com curadoria meticulosa e diária, serviço expandiu a cobertra do jornal para inglês e espanhol

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Azahara Martín
Málaga (Espanha)

Se para o brasileiro, às vezes, se torna exaustivo compreender a frenética e imprevisível atualidade do país, imagine para os que são de fora e tentam acompanhar os balanços da política nacional. A não ser que eles sejam leitores da Folha.

colagem com trechos de matéria
Colagem com trechos de reportagens da Folha Internacional - Irapuan Campos

Isso porque há dez anos a Folha de S.Paulo lançava a Folha Internacional. Um serviço de notícias sobre o Brasil que, visando atrair um público estrangeiro para o seu jornalismo, expandiu a cobertura ao inglês e espanhol.

A partir de uma curadoria meticulosa e diária de informação, os leitores não-lusófonos ficam por dentro dos acontecimentos mais relevantes do país nas áreas de economia, política, ciência, cultura e esportes.

"A missão de um jornal como a Folha é levar seu conteúdo de qualidade também para leitores estrangeiros, estejam onde estiverem, por meio de noticiário escrito em duas das línguas mais faladas no mundo", diz o diretor de Redação da Folha, Sérgio Dávila.

A advogada espanhola Esther Fernández começou a visitar a home da versão em espanhol da Folha Internacional por indicação de uma amiga após cogitar uma oferta de emprego em São Paulo.

“Ler sobre os acontecimentos em espanhol é uma boa forma de entender o que vou encontrar quando chegar no Brasil”, diz. Ela conta que o que mais chama a sua atenção é o ritmo dos acontecimentos. "Tudo muda muito rápido, para não me perder totalmente preciso me manter atualizada", diz Esther.

Satisfeita com a seleção de notícias, a assinante da newsletter da versão em inglês e professora de idiomas Marlene Andreetto destaca a riqueza informativa dos textos sucintos que recebe diariamente.

Ao longo dos dez anos, as matérias publicadas que tiveram mais audiência foram: a primeira reportagem sobre as acusações contra João de Deus por abusos sexuais, na versão inglês, e a matéria sobre as novas regras de imigração para estrangeiros no Brasil, em espanhol.

Os períodos que concentram maior número de visitas correspondem à Copa de 2014, à Operação Lava Jato, no fim de 2016, à disputa eleitoral de 2018 e, é claro, à pandemia.

Uma curiosidade do serviço internacional é que, mesmo com a predominância de países hispânicos no continente sul-americano, os textos em inglês da Folha rendem, em média, o dobro de visitas com relação aos que estão em espanhol. Na versão em inglês, 40% dos leitores estão no Brasil. Em seguida aparecem na lista de países os EUA (28%), Reino Unido (6,6%), Nova Zelândia (3,6%) e Canadá (2,3%).

Já a audiência em espanhol é bem variada e vem sobretudo de Argentina (25%) e Peru (23%). Na sequência aparecem Colômbia (11%), Uruguai (11%), Espanha (8,5%), Brasil (6,8%), Chile (3,2%), Paraguai (2,7%), Venezuela (1,7%) e Bolívia (1%).

Para acessar o conteúdo da Folha Internacional os leitores podem entrar por meio da home da Folha de S.Paulo ou da newsletter com as manchetes do dia, que é enviada de segunda-feira a sexta-feira aos emails dos usuários previamente cadastrados.

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