Paris cancela fogos e shows no Ano-Novo em meio a alta de casos de Covid

França registrou mais de 65 mil novas infecções na quarta (15), maior número diário desde o início do ano

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Paris | AFP

A Prefeitura de Paris anunciou neste sábado (18) o cancelamento dos fogos de artifício e shows que estavam previstos para acontecer nas celebrações de Ano-Novo na avenida Champs Elysées, cartão postal da capital francesa, numa tentativa de frear o avanço da Covid.

"Diante do recrudescimento da pandemia e dos novos anúncios do governo, a prefeitura lamenta ter de cancelar todas as festas previstas na Champs Elysées em 31 de dezembro", disse o município à agência de notícias AFP. "Não haverá fogos de artifício e, lamentavelmente, os DJs não poderão tocar neste ano."

Multidão assiste a fogos de artifício sobre Arco do Triunfo
Fogos de artifício sobre o Arco do Triunfo no Ano-Novo de 2020 - Martin Bureau - 31.dez.2019/AFP

Em 2020, a cidade já havia cancelado todas as festividades natalinas devido ao toque de recolher em vigor para combater a pandemia. Ao longo da última semana, o governo francês reduziu de cinco para quatro meses o intervalo entre o primeiro ciclo vacinal e a dose de reforço e deu aval à vacinação de crianças com idades entre 5 e 11 anos, a fim de aumentar a imunidade da população contra a Covid.

As autoridades francesas também decidiram implementar um passaporte vacinal para restringir o acesso de pessoas não vacinadas a determinados espaços. Até então, quem não tivesse se vacinado mas apresentasse teste com resultado negativo para o coronavírus estava liberado das restrições.

Além disso, a França impôs restrições de viagem para viajantes britânicos para tentar deter o contágio pela variante ômicron do coronavírus, que tem levado a uma alta de casos no Reino Unido —só na última semana, as autoridades britânicas registraram um aumento de 44% nos casos de Covid.

Da mesma maneira, a França enfrenta uma alta de casos. Na quarta-feira (15), o país registrou mais de 65 mil novas infecções, maior número diário desde o início deste ano.

O premiê francês, Jean Castex, alertou na sexta (17) que a ômicron "vai se expandir muito rapidamente a ponto de se tornar a cepa dominante a partir do início de 2022". Diante dessa situação, a Alemanha classificou a França, junto com a Dinamarca, como zonas de contágio "de alto risco" e passará a exigir, a partir deste domingo, que viajantes não vacinados desses países realizem um período de quarentena, com a possibilidade de fazer um teste a partir do quinto dia, disse o Instituto de Vigilância Sanitária alemão.

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