Descrição de chapéu Governo Biden

Furacão Ian deixa ao menos 23 mortos em passagem pela Flórida; veja antes e depois

Autoridades afirmam que 10 mil pessoas têm paradeiro desconhecido, mas muitas podem estar em abrigos ou sem eletricidade

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Fort Myers (Flórida) | Reuters

Um dos fenômenos climáticos mais extremos a atingir os Estados Unidos recentemente, o furacão Ian deixou ao menos 23 mortos ao passar pela Flórida, afirmou a Divisão de Administração de Emergências do estado americano nesta sexta (30).

O órgão ainda declarou que desconhece o paradeiro de cerca de 10 mil pessoas, mas que é provável que a maioria esteja em abrigos ou sem eletricidade, o que impediria a comunicação com autoridades locais e pessoas próximas.

Prédio com fachada destruída por passagem do furacão Ian em Fort Myers, na Flórida - Joe Raedle - 30.set.22/AFP

O furacão chegou à Carolina do Sul nesta sexta, por volta das 14h do horário local (15h em Brasília), depois de aterrissar na Flórida na véspera. Sua passagem pelo estado ao sul deixou uma trilha de destruição que o presidente Joe Biden afirmou ser talvez "a pior da história" do país. "Estamos só começando a ver a escala disso", disse.

Em entrevista na quinta, o governador da Flórida, Ron DeSantis, afirmou que os condados de Lee e Charlotte estão entre os mais atingidos, com mais de 700 resgates confirmados. A única ponte da Ilha de Sanibel, um destino de veraneio popular, ficou intransponível, obrigando equipes de emergência a usar helicópteros e barcos para socorrer a população.

Veja antes e depois da passagem do furacão Ian pela Ilha de Sanibel, na Flórida

Carregando imagens...

Trechos da Sanibel Causeway foram destruídas com os ventos fortes e a tempestade trazidas pelo fenômeno - Google Earth/Reprodução e Joe Raedle - 29.set.22/Getty Images

Punta Gorda, localizada no caminho do furacão, teve suas rodovias cobertas por árvores, destroços e fios elétricos, embora muitos prédios tenham resistido melhor do que o esperado à tempestade.

Outra cidade severamente impactada foi Fort Myers. Próxima do local onde a tempestade tocou o solo pela primeira vez, ela teve muitas de suas casas destruídas.

Veja antes e depois da passagem do furacão Ian pela praia de Fort Myers, na Flórida

Carregando imagens...

Píer da praia de Fort Myers Beach e construções próximas foram destruídas - Google Earth/Reprodução e Joe Raedle - 29.set.22/AFP

Mais de 2 milhões de residências e escritórios continuavam sem eletricidade nesta sexta, uma queda em relação às mais de 3,3 milhões de habitações desassistidas no momento da chegada do furacão. A maioria das escolas deve reabrir até a próxima segunda.

Nesta sexta, residentes disseram sentir que governos municipais e estaduais estavam fazendo o que podiam para auxiliar a população, mas que a falta de comunicação e a incerteza sobre os próximos dias eram desafiadoras.

O Centro Nacional de Furacões afirmou que rios que deságuam na região central do estado podem atingir altas recordes nos próximos dias, quando as tempestades torrenciais que acompanharam o Ian escoarem para as grandes hidrovias.

Autoridades das Carolinas do Sul e do Norte e da Geórgia alertaram moradores para se prepararem para condições perigosas.

Charleston, cidade histórica da Carolina do Sul a cerca de cem quilômetros do local onde o Ian tocou o solo nesta sexta, foi atingida por uma chuva torrencial antes mesmo da chegada do furacão. A cidade tem alto risco de inundações, e 90% de suas propriedades são consideradas vulneráveis a tempestades. Mais de 145 mil residências e escritórios nas Carolinas do Sul e do Norte estavam sem eletricidade, segundo sites de monitoramento.

Ainda nesta sexta, segundo o jornal americano The Wall Street Journal, a ditadura cubana pediu ajuda à Casa Branca para custear programas de assistência emergencial ao país –movimento raro, considerando as décadas de tensão entre Havana e Washington. Antes de chegar à Flórida, o furacão Ian destruiu vários imóveis da ilha e causou a morte de ao menos duas pessoas. O fenômeno causou também o colapso da rede elétrica do país, deixando toda a população cubana sem energia por horas.

Cientistas apontam que o aumento de eventos extremos do tipo está diretamente ligado à emergência climática, causada pela ação humana.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.