Ponte de pedestres desaba e deixa ao menos 134 mortos na Índia

Cerca de 150 pessoas caminhavam pela estrutura, que colapsou quatro dias após ser reaberta ao público depois de uma reforma

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Ahmedabad (Índia) | Reuters

Ao menos 134 pessoas morreram e 30 ficaram feridas quando uma ponte de pedestres desabou no estado de Gujarat, no oeste da Índia, jogando centenas delas em um rio, segundo autoridades locais.

Crianças, mulheres e idosos são maioria entre os mortos, ainda de acordo com informações oficiais. Os números podem subir com o andamento das operações de resgate.

Pedaço de uma ponte é visto pendurado sobre um rio turvo na Índia
Equipes de resgate tentam salvar vítimas que caíram em um rio depois que uma ponte se rompeu na Índia - Reuters

Cerca de 400 pessoas circulavam nos arredores da ponte suspensa sobre o rio Machchhu, na cidade de Morbi, no momento do colapso, neste domingo (30) à tarde.

Imagens de TV mostraram dezenas de pessoas agarradas aos cabos e restos retorcidos da ponte desmoronada enquanto equipes de emergência tentavam fazer o resgate.

Em outro vídeo, é possível ver pessoas nadando até um pedaço da ponte suspenso na água, com mais de uma dezena tentando se agarrar à borda. Crianças e mulheres podiam ser ouvidas gritando por socorro.

Prateek Vasava, que conseguiu nadar até as margens do rio depois de cair da ponte, disse a um canal de TV local que viu muitas crianças desaparecerem na água. A estrutura desabou em apenas alguns segundos, afirma ele.

Autoridades da cidade de Morbi afirmaram que 170 pessoas haviam sido resgatadas até às 18h de Brasília —a operação continuava, mas deveria ficar mais complicada com a escuridão.

O ministro do Interior do Estado, Harsh Sanghavi, disse que ao menos 150 pessoas caminhavam pela estreita ponte estaiada no momento do desmoronamento. De acordo com relato do jornal The New York Times, a ponte estava particularmente movimentada neste final de semana, quando a temporada de festividades hindus atraiu turistas e famílias para visitar a ponte.

A estrutura de 230 metros colapsou quatro dias após ser reaberta ao público, depois de uma reforma que durou sete meses. Ela foi construída em 1880, durante o domínio britânico na Índia.

As vítimas são principalmente os visitantes que passavam pelo local e também trabalhadores de fábricas instaladas nos arredores.

A região de Morbi abriga milhares de fábricas de cerâmica que produzem azulejos, utensílios de banheiro e objetos de decoração, respondendo por 80% do setor na Índia.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que está em Gujarat, seu estado natal, para uma visita de três dias, instruiu o ministro-chefe do estado a mobilizar equipes com urgência para a operação de resgate, de acordo com informações publicadas no Twitter por seu gabinete.

"Ele pediu que a situação fosse monitorada de perto e continuamente e [que as autoridades] estendessem toda a ajuda possível aos afetados".

Segundo o The New York Times, o premiê Modi anunciou compensações financeiras destinadas a famílias que tiveram membros mortos ou feridos no incidente.

Cinquenta homens das Forças Armadas e 30 da Marinha foram deslocados para acelerar o resgate e ajudar a localizar pessoas desaparecidas, afirmou o governo em um comunicado.

Líderes oposicionistas alegaram que o governo não realizou uma avaliação técnica compatível antes de reabrir a ponte ao público. O incidente ocorreu antes das eleições em Gujarat, que devem ser realizadas até o final do ano.

Uma equipe com cinco membros foi apontada para investigar o desastre.

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