Descrição de chapéu Coreia do Norte

Coreia do Norte volta a lançar míssil em direção ao Japão

Artefato, supostamente intercontinental, caiu em zona econômica exclusiva do território japonês

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Seul | Reuters

A Coreia do Norte disparou na manhã desta sexta-feira (18), noite de quinta (17) no Brasil, o que é apontado como um míssil balístico intercontinental, a arma de maior alcance do país. O artefato caiu no mar, em zona econômica exclusiva do Japão, segundo autoridades do país.

O disparo foi feito menos de 24 horas após o lançamento de um míssil de curto alcance, nesta quinta, no que Pyongyang chamou de "resposta mais feroz" aos esforços dos Estados Unidos para aumentar a presença militar na região. Segundo comunicado do regime norte-coreano, em tom de ameaça, Washington está fazendo uma "aposta da qual se arrependerá".

Público assiste à exibição de disparo de míssil balístico pela Coreia do Norte, em prédio na capital da Coreia do Sul, Seul - Heo Ran - 2.nov.22/Reuters

Autoridades afirmam que o míssil disparado nesta sexta provavelmente caiu a cerca de 200 km da ilha de Hokkaido, no norte do Japão. O premiê do país, Fumio Kishida, repudiou o lançamento e afirmou que os seguidos disparos feitos por Pyongyang são intoleráveis. "Protestamos fortemente contra a Coreia do Norte, que repete as provocações com frequência sem precedentes", disse Kishida na Tailândia, onde participa de reunião da Apec (Foro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico).

Líderes da Coreia do Sul também criticaram a ação e informaram que integrantes do Conselho de Segurança Nacional do país vão se reunir nesta sexta para discutir o lançamento.

No começo do mês, um disparo feito pela Coreia do Norte chegou a gerar um alerta de abrigo a moradores do Japão. Um dos projéteis usados no teste aparentemente era um míssil intercontinental, que falhou.

A Coreia do Norte já realizou em 2022 mais de 40 lançamentos, em meio a um cenário em que as ameaças atômicas foram renovadas por Pyongyang da forma mais intensa desde 2017. Naquele ano, uma série de testes de mísseis capazes de atingir os EUA e a explosão de uma bomba de hidrogênio levaram o governo do então presidente Donald Trump a negociar diretamente com o ditador norte-coreano.

Não funcionou, até porque a premissa americana era tornar a península uma área sem armas nucleares, e sem elas o regime comunista perde seu principal instrumento de negociação. Agora, a sinalização parece ser a mesma, e há a expectativa de que o ditador Kim Jong-un possa conduzir um teste nuclear a qualquer momento.

No mês passado, os EUA reagiram ao disparo de um míssil de alcance intermediário que sobrevoou o Japão com o envio de um porta-aviões para a região e exercícios de bombardeio com japoneses e sul-coreanos. Pyongyang revidou com mais mísseis balísticos e treinos com caças.

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