Ao menos 21 pessoas, incluindo sete crianças, morreram nesta quinta-feira (17) em um incêndio que destruiu um prédio residencial no campo de refugiados de Jabalia, ao norte da Faixa de Gaza. As causas da tragédia ainda são desconhecidas.
Segundo o Ministério do Interior de Gaza, uma investigação preliminar apontou que uma grande quantidade de gasolina estava armazenada no local, o que contribuiu para que as chamas se alastrassem rapidamente.
Autoridades informaram que um grupo de estudantes fazia uma festa em um dos apartamentos quando as chamas começaram. Testemunhas relataram que ouviram gritos das vítimas, mas que não conseguiram se aproximar por causa da intensidade do fogo.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o trabalho dos bombeiros, que levaram mais de uma hora para controlar o incêndio.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, classificou o caso como uma tragédia nacional e decretou um dia de luto. Tor Wennesland, enviado da ONU para a paz no Oriente Médio, também manifestou solidariedade às famílias das vítimas.
O governo israelense informou que iria abrir o posto de fronteira para receber feridos. Gaza está sob rígido bloqueio imposto por Israel desde 2007, ano em que a facção radical Hamas passou a administrar a região onde vivem 2,3 milhões de palestinos. Parte dos habitantes mora em campos de refugiados, depois de terem sido forçados a deixar suas casas após a proclamação do Estado israelense, em 1948.
Jabalia é um desses locais, e ganhou o aspecto de vila com a construção de edifícios ao longo dos anos. O abastecimento de energia elétrica do enclave é irregular, e incêndios domésticos são frequentes, já que os habitantes usam meios alternativos, como lamparinas a óleo, para cozinhar ou iluminar suas casas.
Gaza recebeu uma média de 12 horas de eletricidade por dia neste ano, segundo dados das Nações Unidas. No inverno, os riscos de incêndio aumentam com o uso de carvão para aquecimento.
Nos últimos meses, ataques aéreos disparados por Israel contra alvos da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza deixaram dezenas de mortos, incluindo o líder do movimento, Tayseer Jabari. O grupo radical revidou com o lançamento de foguetes em direção a diferentes cidades israelenses.
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