Descrição de chapéu Governo Biden

EUA derrubam novo 'objeto de alta altitude' que sobrevoou país

Casa Branca diz que instrumento voava a 12 km de altura e trazia riscos à aviação civil

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Washington | Reuters

Os EUA anunciaram a derrubada nesta sexta-feira (10) de um novo objeto de alta altitude que sobrevoava o território americano. De acordo com o governo, o item, que passava pelo estado do Alasca, foi detectado na noite de quinta-feira (9) e voava a 12 km de altitude —por isso, trazia riscos à aviação civil.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, afirmou que ainda não é possível dizer se o objeto pertence a outro país ou se tem origem civil. Segundo ele, o instrumento tinha o tamanho de um carro pequeno e é menor que o balão chinês abatido recentemente. Ele evitou chamar o objeto de balão.

Marinha americana recupera destroços do balão chinês que sobrevoava os Estados Unidos e foi derrubado no último dia 4
Marinha americana recupera destroços do balão chinês que sobrevoava os Estados Unidos e foi derrubado no último dia 4 - 5.fev.23/Marinha dos Estados Unidos via Reuters

O governo recolherá os destroços, que caíram em águas territoriais americanas a noroeste do país, para analisá-los. Segundo os pilotos do caça que participaram da ação, o instrumento não era tripulado.

Na semana passada, Washington anunciou a detecção de um balão chinês sobre a cidade de Billings, no estado de Montana, onde fica uma base militar com silos de mísseis balísticos intercontinentais. Para os EUA, o objeto servia a espionagem, para Pequim, o item realizava pesquisas, sobretudo meteorológicas.

Na ocasião, o balão não foi derrubado imediatamente, porque os destroços poderiam atingir áreas civis. Assim, ele só foi abatido ao deixar a parte continental do país e chegar à costa da Carolina do Sul.

O episódio elevou as já acirradas tensões entre China e Estados Unidos e resultou no adiamento da visita do secretário de Estado americano, Antony Blinken, responsável pela diplomacia americana, a Pequim.

Uma série de episódios recentes contribuiu para deteriorar as relações sino-americanas. A expansão da presença militar dos Estados Unidos no Sudeste Asiático, criticada pelos chineses, por exemplo, acontece de forma simultânea às ameaças da China contra Taiwan, ilha que Pequim trata como uma província rebelde e que, portanto, deve ser integrada ao seu território continental.

Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, tem planos de visitar a ilha, movimento que, quando feito pela líder legislativa anterior, Nancy Pelosi, abriu grave crise entre os países.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.