Descrição de chapéu Coreia do Norte

Coreia do Norte testa drone submarino capaz de fazer 'tsunami radioativo'

Ação ocorre em resposta aos exercícios militares realizados nos últimos dias por EUA e Coreia do Sul

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Belo Horizonte

A Coreia do Norte testou um novo drone submarino de ataque nuclear capaz de "provocar um tsunami radioativo em larga escala", noticiou a agência estatal de notícias KCNA. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (24), noite de quinta (23) no Brasil.

foto mostra a detonação no mar, levantando água e fumaça
O drone submarino de ataque nuclear "Haeil" dispara na água ao largo da costa da província de Hamgyong - KCNA - 23.03.23/AFP

O teste ocorreu em resposta aos exercícios militares conjuntos de EUA e Coreia do Sul. Desde a semana passada, as potências aliadas vêm realizando treinamentos que figuram como os maiores entre as nações nos últimos cinco anos para fortalecer as capacidades de defesa e resposta dos países.

Segundo a KCNA, a "arma secreta" de Pyongyang, apelidada de "Haeil" —tsunami—, foi colocada sob a água em frente à província de Hamgyon do Sul na última terça (21). Ela teria navegado debaixo d’água a uma profundidade de 80 a 150 metros por mais de dois dias. Nesta quinta, uma ogiva de teste foi detonada ao largo da costa leste.

"Esse drone de ataque submarino pode ser implantado em qualquer costa e porto, ou ser rebocado por um navio de superfície para o seu funcionamento", reportou a agência, reforçando a capacidade do equipamento de fazer ataques furtivos em águas inimigas.

Não se sabe se a Coreia do Norte desenvolveu ogivas nucleares miniaturizadas para caber em armas menores. Aperfeiçoar essas ogivas, segundo analistas, provavelmente seria um objetivo importante caso o país retomar os testes nucleares.

O líder norte-coreano Kim Jong-un orienta um exercício de lançamento das unidades estratégicas de mísseis de cruzeiro - KCNA - 22.mar.23/KNS/AFP

A tensão na região se acentuou com demonstrações de força militar das três nações envolvidas. A Coreia do Norte diz que os exercícios realizados pelos sul-coreanos e pelos americanos são uma preparação para invasão e afirma considerar que as potências estão levando a situação na península a um "ponto irreversivelmente perigoso".

Os movimentos, ressalta o regime de Kim Jong-un, exigem que o país "se prepare para uma guerra total e reforce sua força nuclear, tanto em qualidade como em quantidade".

A Coreia do Sul e os EUA dizem que os exercícios concluídos nesta quinta são puramente defensivos. Os aliados, que ainda estão em treinamentos de campo, classificaram os testes norte-coreanos como desestabilizadores e disseram que são uma violação das sanções da ONU.

A Coreia do Norte disse que os últimos testes de armas e exercícios não tiveram impacto negativo na segurança dos países vizinhos.

O regime havia realizado lançamento de mísseis de cruzeiro nesta quarta (22), informação divulgada por relatórios sul-coreanos e confirmada pela KCNA. Os exercícios, disse a agência, eram necessários para praticar missões de ataque nuclear tático.

Com Reuters e AFP

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