Após quatro anos de pausa pela pandemia, dezenas de bebês com lágrimas escorrendo pelo rosto se enfrentaram neste sábado (22) em um ritual japonês chamado "sumô chorão", no Japão.
Acompanhados de seus pais, as crianças vestiram o tradicional avental dos lutadores de sumô e competiram no templo de Sensoji, em Tóquio. As regras variam de região para região: em alguns lugares, ganha o primeiro a chorar; em outros, quem chorar por último é o vencedor —para incentivá-los, ajudantes usam máscaras de demônios "oni", da mitologia japonesa.
"Podemos conhecer a saúde de um bebê ouvindo como ele chora", disse à agência de notícias AFP Hisae Watanabe, mãe de uma bebê de oito meses. "Hoje ela pode estar nervosa e não chorar muito, mas quero ouvir seu choro saudável."
O sumô chorão é realizado em santuários e templos em todo o país e atrai um grande número de espectadores.
Shigemi Fuji, presidente da Federação de Turismo de Asakusa e organizador do evento, admite que algumas pessoas podem achar cruel fazer bebês chorarem de propósito. "Mas, no Japão, acreditamos que os bebês que choram alto também crescem com boa saúde", disse ele. Neste ano, 64 bebês participaram do ritual, disse o organizador.
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