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Deputadas trocam chutes, socos e puxões de cabelo no Congresso da Bolívia; veja

Episódio ilustra tensões entre governo e oposição, que acusa gestão de Luis Arce de ter feito ao menos 180 prisões políticas

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La Paz | AFP

Representantes do governo e da oposição na Bolívia trocaram chutes, socos e puxões de cabelo nesta terça-feira (23), em uma sessão pública do Congresso na capital administrativa, La Paz.

A briga ocorreu no momento em que o ministro do Governo, pasta equivalente à Casa Civil no Brasil, Eduardo del Castillo, apresentava um relatório sobre a legalidade da detenção de Luis Fernando Camacho, governador da região de Santa Cruz e principal nome da oposição do país, em dezembro passado.

Deputadas trocam socos e puxões de cabelo durante sessão no Parlamento da Bolívia, em La Paz - APG NOTICIAS - 23.mai.23/AFP

Apoiadores de Camacho passaram então diante do púlpito com cartazes com frases como "com presos políticos não há democracia". A oposição alega que a Bolívia tem hoje ao menos 180 presos do tipo, acusados de terem apoiado um suposto golpe de Estado contra o ex-presidente Evo Morales em 2019.

Entretanto, o ato levou deputadas governistas a avançarem contra as manifestantes para tentar arrancar os cartazes de suas mãos, gerando o início das agressões.

A apresentação do relatório foi suspensa por alguns minutos, e María René Álvarez, deputada do Creemos, partido de Camacho, culpou Del Castillo por ter estimulado o clima de beligerância. Na leitura, o chefe da pasta descreveu os parlamentares da sigla como "ladrões violentos que vieram roubar as carteiras do povo boliviano" —um dos cartazes trazia um retrato do ministro com a inscrição "ministro do terror".

O presidente do Congresso, David Choquehuanca —também vice do atual presidente, Luis Arce—, anunciou que convocará as bancadas das legendas envolvidas e exigirá que incidentes do tipo não se repitam.

A confusão é mais um exemplo da polarização no país sul-americano. Entre as detenções que segundo a oposição têm motivação política está a da conservadora Jeanine Áñez, sucessora de Evo.

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