Avião invade espaço aéreo de Washington, é perseguido por caças e cai na Virgínia

Segundo autoridades, Cessna Citation caiu em região montanhosa; barulho da ação assustou moradores da capital

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Ribeirão Preto

Autoridades dos EUA enviaram caças a jato para perseguir uma aeronave que violou o espaço aéreo de Washington e depois caiu em um terreno montanhoso no sudoeste do estado da Virgínia.

Segundo comunicado oficial, os caças americanos causaram um estrondo na capital dos Estados Unidos enquanto tentavam alcançar o Cessna Citation, que pode transportar de sete a 12 passageiros.

O Cessna, posteriormente, caiu em uma região de montanhas na Virgínia, segundo a Administração Federal de Aviação. Uma autoridade dos EUA disse que os caças americanos não provocaram a queda.

O jato F-16 Fighting Falcon, da Força Aérea dos EUA, durante demonstração em Bengaluru, na Índia - Manjinath Kiran - 14.fev.23/AFP

Fontes familiarizadas com o assunto disseram à agência de notícias Reuters que o Cessna estava no piloto automático e não respondeu às tentativas de contato das autoridades americanas. Também disseram que quatro pessoas estavam a bordo da aeronave.

Segundo o site Flightaware, o Cessna estava registrado junto à empresa Encore Motors, com sede na cidade de Melbourne, na Flórida. O dono da empresa, John Rumpel, disse ao jornal The Washington Post que sua filha, seu neto e uma babá estavam a bordo do avião. "Não sabemos nada sobre o acidente", disse Rumpel ao jornal americano. "Estamos conversando com a Agência Federal de Aviação", acrescentou.

O estrondo provocado pelos caças em Washington assustou a população da capital. Nas redes sociais, os relatos são de que o barulho pareceu sacudir o chão e as paredes. Pessoas nos estados de Virgínia e Maryland também relataram acontecimentos similares.

De acordo com o Washington Post, dados do serviço de rastreamento de voos Flightradar24 mostram a trajetória de um avião que corresponde à descrição do Cessna Citation passando sobre Washington. A transmissão dos dados da aeronave em questão termina em Staunton, na Virgínia.

O espaço aéreo de Washington é restrito e protegido por rigorosas medidas de segurança devido à presença das instituições mais importantes dos EUA, como a Casa Branca, sede da Presidência, o Capitólio, sede do Legislativo federal, e o Pentágono, sede da Defesa. Qualquer incidente aéreo na capital americana, portanto, gera uma resposta imediata das forças de segurança. Neste domingo, essa resposta se deu por meio do envio das aeronaves militares lançadas para interceptar o suposto invasor.

Embora raros, incidentes envolvendo pilotos não responsivos não são inéditos. Nos EUA, o jogador de golfe Payne Stewart morreu em 1999 junto com outras quatro pessoas depois que a aeronave em que ele estava atravessou milhares de quilômetros com o piloto e os passageiros inconscientes. O avião acabou caindo no estado da Dakota do Sul, sem sobreviventes.

Outro episódio ainda mais grave ocorreu na Grécia, em 2005. Um Boeing 737 da companhia cipriota Helios colidiu com uma montanha nas proximidades de Atenas. Antes da colisão, em que as 121 pessoas a bordo morreram, o avião havia perdido o contato com a torre de controle, que então enviou dois caças F-16 para escoltá-lo. Pouco tempo depois, a Aeronáutica grega informou à torre do aeroporto internacional ateniense que o Boeing tinha explodido nas montanhas. Investigações posteriores concluíram que, devido a uma despressurização da aeronave, toda a tripulação estava inconsciente durante o voo.

Com Reuters

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