Descrição de chapéu China

China se prepara para novo tufão após 34 mortes causadas pelo Doksuri

Catorze óbitos na cidade de Shulan se somam aos 20 registrados em Pequim e em Hebei, no norte, no início do mês

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Pequim | Reuters

O tufão Doksuri continua a causar danos na China mais de uma semana após chegar ao país.

No fim de semana, enchentes deixaram ao menos 14 mortos em Shulan, na província de Jilin, no nordeste. Um dos mortos era o vice-prefeito da cidade, cuja população é estimada em cerca de 587 mil pessoas.

Wu Chunlei, gerente da empresa do ramo de embalagens Baixiang, encara caixas de papelão danificadas por enchente causada pelo tufão Doksuri em Zhuozhou, na província de Hebei - Tingshu Wang/Reuters

As mortes se somam aos outros 20 óbitos decorrentes da passagem do Doksuri por Pequim e Hebei, no norte, na semana passada, causando as maiores tempestades registradas no território chinês em 140 anos. Elas ocorrem no momento em que o país se prepara para a chegada de outro tufão, o Khanun.

Espera-se que o novo fenômeno, que já causou estragos no sul do Japão, aterrisse na Coreia do Sul na quinta (10) e leve ventos e chuvas para o nordeste chinês à medida que atravessa a península coreana.

Segundo as autoridades, os níveis de água em Shulan baixaram a patamares considerados seguros. Assim, as equipes de emergência, antes centradas em resgatar habitantes ilhados, redirecionaram seus esforços para realocar moradores e recuperar a infraestrutura danificada.

A imprensa estatal afirmou ainda que a eletricidade foi restaurada em 14.305 lares em Shulan e religada em muitas das áreas em Pequim e Hebei que sofreram alagamentos. Tentativas de restabelecer a energia seguiam em curso em Jilin, Heilongjiang e Liaoning. Por outro lado, autoridades regionais afirmaram que trechos do Songhua, maior rio do nordeste da China, assim como seu afluente Nenjiang, seguem em níveis temerariamente altos. E o regime chinês ainda não divulgou o total de mortes ocasionadas pelo tufão.

Dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU para questões do clima, indicam que eventos climáticos extremos como secas, enchentes, deslizamentos de terra, tempestades e incêndios mais do que triplicaram ao longo dos últimos 50 anos em consequência do aquecimento global.

A Ásia foi o continente mais afetado, contabilizando mais de 3.400 desastres nesse período, responsáveis por quase 1 milhão de mortes. Outro órgão ligado à ONU, o IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança Climática), diz que hoje é inequívoco que parte dessas mudanças foi gerada por ação humana.

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