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Guerra da Ucrânia: 9 mapas que explicam o conflito

Contraofensiva da Ucrânia se intensifica na linha de frente, mas Kiev alerta que progresso continuará lento

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BBC News Brasil

A contraofensiva da Ucrânia parece estar se intensificando ao longo de seções da linha de frente, mas Kiev alerta que o progresso provavelmente permanecerá lento.

Aqui estão os últimos desenvolvimentos:

Ucrânia lança ataque 'intenso'

A Ucrânia continuou as operações de contraofensiva e diz que suas tropas tiveram sucesso numa linha de frente no sudeste, tomando o vilarejo de Staromaiorske, em Donetsk, cerca de 150 km a leste de Zaporíjia.

O Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos EUA, disse que um "intenso ataque frontal" também foi lançado em direção a Robotine, na região de Zaporíjia, cerca de 10 km ao sul da cidade de Orikhiv.

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Autoridades de defesa dos EUA não identificadas disseram aos meios de comunicação americanos que um novo impulso começou na contraofensiva ucraniana.

Isso não foi confirmado pela Ucrânia, embora o presidente russo, Vladimir Putin, tenha dito a repórteres em São Petersburgo que os ataques das tropas ucranianas se intensificaram "significativamente".

Putin insistiu que a Ucrânia não teve sucesso, acrescentando: "Todas as tentativas de contraofensiva foram interrompidas, e o inimigo foi repelido com muitas baixas".

Mas o líder da milícia apoiada pela Rússia, Aleksandr Khodakovski, contradisse Putin, dizendo que a Ucrânia bombardeou Staromaiorske por vários dias e obteve ganhos, mantendo a periferia e avançando.

A luta em torno de Bakhmut continua

Em outras partes da linha de frente, os combates continuam em torno do que resta da cidade de Bakhmut, que sofreu alguns dos combates mais pesados da guerra e está sob controle russo há vários meses.

Autoridades ucranianas disseram que os combates estão acontecendo no sudoeste da cidade, perto de aldeias, incluindo Andriivka.

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A contraofensiva da Ucrânia começou em várias frentes no mês passado, mas teve poucos ganhos claros até agora. Os generais de Kiev alertaram que resultados rápidos são quase impossíveis devido às linhas defensivas fortificadas da Rússia e às fileiras de campos minados.

O general Oleksandr Tarnavskii afirmou que os militares da Rússia demonstraram "qualidades profissionais" ao impedir que as forças ucranianas "avançassem rapidamente", mas acrescentou: "Qualquer defesa pode ser quebrada, mas você precisa de paciência, tempo e ação hábil".

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Catedral destruída em Odessa

Enquanto isso, a Rússia continuou a atacar a infraestrutura portuária e de grãos da Ucrânia, destruindo uma catedral histórica em Odessa com ataques de mísseis, disseram autoridades.

A Rússia disse que seus alvos na cidade portuária estavam sendo usados para preparar "atos terroristas" e culpou o ataque às defesas aéreas ucranianas. O chefe da Odessa, Oleh Kiper, disse no Telegram que a Rússia também atacou a infraestrutura nos portos ucranianos de Reni e Izmail no rio Danúbio com drones fabricados no Irã na segunda-feira —do outro lado do rio da Romênia, um membro da Otan.

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Moscou tem lançado ataques quase constantes à infraestrutura de grãos da Ucrânia desde que se retirou do acordo de grãos —autoridades de Kiev dizem que mais de 60 mil toneladas de grãos foram destruídas.

O pacto foi fechado em julho de 2022 entre Rússia e Ucrânia, intermediado por Turquia e ONU, permitindo até a suspensão do trato que navios de carga navegassem ao longo de um corredor no Mar Negro de 310 milhas náuticas de comprimento e três milhas náuticas de largura.

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Putin diz que o Ocidente não cumpriu sua parte no acordo e ofereceu grãos russos a seis países africanos —Burkina Faso, Zimbábue, Mali, Somália, República Centro-Africana e Eritreia—, mas foi instado a renovar o acordo em uma cúpula de líderes africanos que ele hospedou.

Mais de um ano de luta

A invasão da Rússia começou com dezenas de ataques com mísseis em cidades por toda a Ucrânia antes do amanhecer de 24 de fevereiro de 2022. As tropas terrestres russas avançaram rapidamente e em poucas semanas controlavam grandes áreas da Ucrânia e avançaram para os subúrbios de Kiev.

As forças russas estavam bombardeando Kharkiv e haviam tomado território no leste e no sul até Kherson e cercaram a cidade portuária de Mariupol.

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O texto foi publicado originalmente aqui.

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