Descrição de chapéu ataque a tiros violência

Atirador mata 18 pessoas no Maine, nos EUA; polícia identificou e procura suspeito

Número de vítimas foi revisado após autoridades locais afirmarem que 22 pessoas haviam sido mortas após ataque

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Boa Vista

Ao menos 18 pessoas foram mortas e 13 foram feridas por um atirador na cidade de Lewiston, a segunda mais populosa do estado do Maine, com cerca de 38 mil pessoas (cerca de 800 km a nordeste de Washington), na noite desta quarta-feira (25).

Após receber as ocorrências, às 18h56, no horário local, autoridades locais falaram em 22 mortos, mas o número foi revisado no dia seguinte.

Segundo a polícia local, as forças de segurança estavam lidando com uma ocorrência em um restaurante e em uma pista de boliche. A polícia do condado de Androscoggin, onde fica Lewiston, publicou uma foto de um homem branco segurando o que parece ser um fuzil de longo alcance, não incomum em massacres recentes nos Estados Unidos.

Imagem de câmera de segurança de um boliche mostra atirador suspeito em Lewiston, em Maine, nos Estados Unidos
Imagem de câmera de segurança de um boliche mostra atirador suspeito em Lewiston, em Maine, nos Estados Unidos - Escritório do Xerife do Condado de Androscoggin/Reuters

A polícia de Lewiston publicou imagem do suspeito, Robert Card, 40, segundo as forças de segurança locais. Ele ainda está à solta, e ainda não há qualquer informação sobre a motivação para o ataque.

As forças de segurança também afirmam que o veículo usado pelo atirador foi identificado pela polícia e localizado na cidade de Lisbon, próxima de Lewiston, e recomendaram que os moradores da cidade fiquem em casa e contatem a polícia se avistar o homem ou tiver pistas de seu paradeiro.

O hospital Central Maine Medical Center afirmou que sua equipe estava "reagindo a um episódio de atirador em massa com múltiplas vítimas" e estava em contato e coordenação com outros hospitais da região para receber os pacientes. "Por favor, evitem as estradas para permitir o acesso dos socorristas aos hospitais", disse a polícia.

Justin Juray, proprietário da pista de boliche onde as autoridades disseram que ocorreu o ataque, afirma que havia cerca de 100 a 150 pessoas, incluindo 20 crianças, na pista de boliche no momento em que o agressor entrou atirando com um fuzil.

Dezenas de estudantes se abrigam no último andar da biblioteca do Bates College, uma faculdade privada local, mantendo-se abaixados entre as estantes de livros enquanto procuram atualizações sobre o caso pelas redes sociais.

O presidente americano, Joe Biden, foi informado sobre o caso, ligou para a governadora democrata do estado, Janet Mills, e ofereceu "auxílio federal completo" para lidar com o ataque, de acordo com a Casa Branca.

"Estou ciente e fui informada sobre a situação em Lewiston. Insto todas as pessoas na área a seguir as instruções das autoridades estaduais e locais. Continuarei monitorando a situação e mantendo contato próximo com os responsáveis pela segurança pública", afirmou a governadora.

O procurador-geral, Merrick Garland, foi informado sobre o ataque e funcionários do FBI, a polícia federal americana, estão no Maine auxiliando as autoridades locais.

A população do pequeno estado do Maine é pouco acostumado a ver muitos homicídios. Segundo dados do CDC, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o estado registrou uma taxa de homicídios de 1,7 para cada 100 mil habitantes em 2021, o que fez do Maine a terceira menor taxa entre os 50 estados.

O ataque de quarta foi o mais violento registrado desde janeiro, segundo a associação Gun Violence Archive. Os EUA convivem com ataques de atiradores com múltiplas mortes nos últimos anos, algo que tem instigado discussões sobre o acesso a armas no país e a mudanças na estratégia de abordagem das forças policiais.

Casos como o massacre de Uvalde, no Texas, em maio de 2022, que deixou 19 crianças e 2 adultos, gerou indignação entre defensores de maior controle armas. Na ocasião, Biden questionou em entrevista coletiva quando o país iria "enfrentar o lobby das armas".

Além disso, relatório posterior sobre a atuação da polícia apontou "erros sistêmicos" da abordagem e falta de liderança adequada, que colaboraram para o alto número de mortes.

Com Reuters e The New York Times

Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior desse texto e de seu título afirmavam, com base em informações da polícia local, que 22 pessoas haviam sido mortas no ataque a tiros. O número foi revisado pelas autoridades locais para 18.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.