Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas nesta terça-feira (26) em um ataque da Ucrânia à cidade portuária de Feodosia, na península da Crimeia, informou o governador local, Serguei Aksionov. Seis edifícios foram danificados, e moradores tiveram de deixar suas casas, acrescentou ele.
"Esse setor do porto está fechado", escreveu a autoridade russa no Telegram, garantindo que os ataques haviam cessado e que o fogo decorrente das explosões estava contido.
Região banhada pelo mar Negro, a Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014. A Ucrânia lança frequentes ataques contra o território visando especialmente o sistema militar russo. No ano passado, forças de Kiev afundaram o principal navio de guerra da Rússia no Mar Negro, o Moskva, símbolo do poder naval do país.
Mais cedo nesta terça, a Força Aérea da Ucrânia afirmou ter destruído o navio russo Novocherkassk, no mar Negro, suspeito de transportar drones iranianos usados por Moscou no conflito contra Kiev. Horas depois, Moscou confirmou que teve o veículo danificado.
O Ministério da Defesa russo informou que o navio foi "danificado durante a noite em um ataque das Forças Armadas ucranianas, que utilizaram mísseis de cruzeiro", segundo relato da agência de notícias RIA Novosti. Porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov disse que o presidente Vladimir Putin e seu ministro da Defesa, Serguei Choigu, foram informados.
"O navio de desembarque russo Novocherkassk foi destruído em Feodosia esta noite. Os pilotos ucranianos fizeram um excelente trabalho", escreveu a conta oficial do Ministério da Defesa da Ucrânia na rede social X. "A Crimeia é a Ucrânia. Não há espaço para a frota do invasor aqui."
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse que o navio afundou e comentou, em tom sarcástico, sobre o bom trabalho do seu exército ao adicionar "um novo navio à frota submarina russa no Mar Negro".
O Mar Negro é importante para as exportações de grãos da Ucrânia, um dos maiores produtores mundiais. Também é estratégico para a Rússia. Na parte norte fica a Crimeia, peça-chave do dispositivo militar de Moscou para enviar suprimentos às suas tropas no sul da Ucrânia e para lançar ataques dentro do país.
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