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Principal oposição na Venezuela registra candidato provisório após ter indicada barrada

Impedida de inscrever María Corina e sua substituta, aliança põe nome de ex-embaixador para não perder lugar na disputa

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São Paulo

A principal força de oposição à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela informou nesta terça-feira (26) ter enfim conseguido inscrever um candidato para representá-la nas eleições presidenciais no país.

O nome em questão não é, porém, nem o de María Corina Machado —vencedora das primárias da oposição, mas inabilitada por 15 anos a ocupar cargos públicos—, nem o daquela que ela havia designado como sua substituta, a professora universitária Corina Yoris, e sim o de Edmundo González Urrutia.

Corina Yoris fala à imprensa em Caracas - Ronald Peña - 25.mar.24/ AFP

Ex-embaixador, ele foi registrado como candidato pela MUD (Mesa da Unidade Democrática), coalizão absorvida pela atual aliança opositora, PUD (Plataforma Unitária).

Segundo a PUD, contudo, o nome de González Urrutia é provisório, e busca meramente garantir a representação da força no pleito até que ela consiga "inscrever sua candidata por direito".

Em nota no X, a PUD afirmou que a decisão foi motivada pela concessão, por parte do órgão eleitoral venezuelano, de um prazo de algumas horas para realizar o processo de inscrição de um candidato próprio no último dia para isso, segunda-feira (25).

Antes, a coligação havia feito diversas tentativas de inserir os dados de Yoris no sistema, sem sucesso.

Segundo a agência de notícias Reuters, as alianças podem substituir seus candidatos até o dia 20 de abril.

Já se esperava que houvesse dificuldades para a inscrição da oposição, que acusa o regime de ignorar o Acordo de Barbados. No tratado, assinado na ilha caribenha homônima em outubro passado, Caracas se comprometia a realizar eleições livres e idôneas, garantindo a presença de observadores externos —diretrizes das quais vem se afastando a olhos vistos.

As inscrições para o pleito, marcado para 28 de julho, foram abertas na quinta-feira (21). Desde então, além da PUD, 12 candidatos haviam sido registrados.

Apenas um deles é da oposição de fato: Manuel Rosales, que perdeu para Hugo Chávez nas eleições presidenciais de 2006. O seu partido, UNT (Um Novo Tempo), também integra a PUD, mas sua candidatura não teve o endosso de María Corina.

Outros 9 nomes se apresentam como oposição, mas são considerados "alacranes", termo local para colaboradores do regime. Por fim, o próprio Maduro oficializou sua candidatura na segunda-feira, com o apoio de 12 organizações que fazem parte da sua aliança.

Com AFP e Reuters

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