O número de migrantes interceptados na fronteira entre Estados Unidos e México caiu mais de 40% desde o início de junho, quando passou a vigorar uma ordem executiva limitando esse fluxo, afirmou a Casa Branca nesta quarta-feira (26).
Segundo o comunicado do governo americano, este é o nível mais baixo de migrantes interceptados a ser registrado desde 17 de janeiro de 2021.
O decreto em questão foi assinado pelo presidente Joe Biden em 4 de junho. Ele autoriza que os americanos fechem a fronteira com o México a solicitantes de asilo caso a média diária de chegada de migrantes em situação irregular supere 2.500 em um intervalo de sete dias.
O limite é muito inferior à média que vinha sendo registrada até então –em abril, por exemplo, foram 4.300 travessias por dia.
Ainda de acordo com o documento, a fronteira volta a abrir duas semanas após o número de chegadas cair abaixo de uma média diária de 1.500 por sete dias.
Exceções estão previstas para crianças desacompanhadas e vítimas de tráfico de pessoas, entre outras. As restrições tampouco se aplicam a pessoas que possuem visto americano.
Além de possibilitar o fechamento da fronteira, o decreto ainda endurece os padrões para avaliar as solicitações de asilo e favorece as deportações aceleradas.
Desde que a ordem passou a vigorar, mais de 24 mil pessoas foram enviadas de volta a cerca de 20 países. No total, segundo o governo americano, mais de cem voos internacionais de repatriação foram realizados.
O anúncio de Washington se dá um dia antes do primeiro debate presidencial entre Biden e seu antecessor e rival do Partido Republicano, Donald Trump, marcado para esta quinta-feira (27).
A expectativa é de que a migração seja um dos principais temas do evento.
Republicanos acusam Biden de não fazer o suficiente para frear a chegada de migrantes. Já o democrata responde afirmando se recusar a fazer politicagem com o tema migratório e acusa Trump de ter sabotado uma tentativa de encontrar uma solução bipartidária.
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