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Lula diz que ataque a Trump 'deve ser repudiado veementemente'

Vice-presidente e governadores também prestaram solidariedade após ataque a ex-presidente dos EUA

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São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de inaceitável e repudiou o ataque contra Donald Trump, ocorrido em comício, no estado da Pensilvânia, neste sábado (13).

"O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável", escreveu.

Um comício com Trump, que irá disputar a eleição à Presidência dos Estados Unidos em novembro, foi interrompido neste sábado após sons de tiros. No momento em que os barulhos foram ouvidos, Trump levou a mão à orelha direita e, em seguida, abaixou-se, assim como vários apoiadores que apareciam no fundo da transmissão. Ao se levantar, ele tinha um pouco de sangue na orelha, bochecha e mãos.

O ex-presidente foi retirado do local. A campanha do republicano diz que ele está bem e passando por exames. O incidente está sendo investigado como uma tentativa de homicídio.

Trump, homem branco de cabelo loiro, está cercado por três seguranças. É possível ver seu rosto com um fio de sangue na bochecha direita e ele erque a mão direita com os punhos cerrados. Ao fundo, céu azul sem nuvens. No canto inferior esquerdo, uma placa roxa com o escrito: "Pennsylvania to 88022 - TRUMP - great again", referindo-se ao slogan Make America Great Again, que não aparece por completo na imagem.
Donald Trump é retirado de comício depois do atentado, em 13 de julho - Anna Moneymaker - 13.jul.2024/Getty Images via AFP

Lula já declarou apoio ao atual presidente, Joe Biden, para as eleições nos Estados Unidos em novembro.

"Como democrata estou torcendo para que o Biden saia vitorioso. Tenho uma relação sólida com ele e pretendo manter", afirmou Lula em entrevista no último dia 27 à rádio Itatiaia. Em fevereiro, Lula também tinha declarado sua afinidade com a candidatura de Biden.

Também o vice-presidente Geraldo Alckmin lamentou o ataque deste sábado e disse que democracia se faz com debate e votos.

"Lamentável o atentado contra o ex-presidente, Donald Trump. A democracia se faz com ideias, debates e votos. Nunca com tiros e violência", escreveu em rede social.

Governadores de diferentes estados do país e partidos também lamentaram o ocorrido.

"Desejo pronta recuperação e que esteja de volta em breve às ruas para dar seguimento a sua campanha", escreveu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

"Um atentado a um presidenciável na maior democracia do mundo é algo que nos preocupa e que tem de ser condenado com veemência. O medo e a violência não podem pautar uma eleição", afirmou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

"A defesa da democracia e o combate ao ódio político, tão presentes nos extremos, são essenciais para a paz e a estabilidade das nações. Torço por sua pronta recuperação", escreveu o chefe do Executivo do Rio de Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

"Qualquer atentado contra a vida é inadmissível. Na democracia, as divergências devem ser tratadas com diálogo, sem extremismo e sem violência", declarou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

"O ato violento que envolveu o ex-presidente Trump precisa ser condenado por quem defende a democracia. É mais um fato que aponta para a necessidade da atividade política ser o debate de ideias e não o confronto violentos entre os líderes", disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

"O episódio lastimável que presenciamos hoje é uma afronta inadmissível à democracia mundial. A livre expressão de ideias e opiniões político-partidárias é garantia do Estado Democrático e tem valor inestimável", afirmou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

"Meu repúdio a toda e qualquer forma de violência. A democracia pressupõe disputa, mas dentro do rigor da lei e de maneira pacífica", escreveu o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD).

"O atentado contra Donald Trump é um lembrete do extremismo daqueles que tentam silenciar as ideias de direita no mundo", postou Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina.

Alguns dos ministros do governo Lula também repudiaram o episódio.

"A violência política não pode ser tolerada. Todos os defensores da democracia se unem para repudiar o atentado contra o ex-presidente Donald Trump", escreveu o ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta.

"Incidente inaceitável sob qualquer aspecto. Eleição é a batalha do argumento e da persuasão, nunca das armas", disse o ministro dos Transportes, Renan Filho.

"Meu total repúdio ao atentado sofrido pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump. Como defensor da democracia, digo que a violência jamais será reposta para as transformações que esperamos para o mundo", afirmou o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, repostaram a mensagem de Lula.

Nas redes, políticos bolsonaristas estão usando o ataque contra o americano para criticar a esquerda e retomar o episódio da facada contra Jair Bolsonaro (PL) na campanha de 2018.

Após o atentado, a Casa Branca também divulgou nota oficial de solidariedade de Biden, que será o provável adversário de Trump nas eleições de novembro. "Essa violência é doentia", disse o democrata em rápido pronunciamento em que condenou o ataque.

O acontecimento deste sábado embaralha ainda mais a corrida eleitoral pela Casa branca. Trump lidera a corrida por uma margem apertada, segundo pesquisas de intenção de voto. A convenção republicana, em que ele será oficializado como o candidato do partido, está programada para começar nesta segunda (15).

Uma pessoa do público e o atirador foram mortos, e uma segunda pessoa foi ferida e está em condições graves, segundo o promotor do condado, Richard Goldinger.

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