Descrição de chapéu Estados Unidos

Steve Bannon chega à prisão para cumprir pena de 4 meses sob aplausos

Condenado por desacato ao comitê que apurou invasão do Capitólio, ex-conselheiro de Trump se diz 'prisioneiro político'

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Washington | Reuters

Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump, apresentou-se na prisão na segunda-feira (1º) para cumprir uma sentença de quatro meses depois de ser condenado por desafiar uma intimação do Congresso, feita comitê que investigou o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

Um Bannon desafiador chegou a uma prisão federal de baixa segurança em Danbury, no estado de Connecticut, e falou com repórteres e com um grupo de apoiadores que o aplaudiam. Ele se autodenominou um "prisioneiro político" e disse que seus seguidores populistas de direita espalhariam sua mensagem enquanto ele cumpria sua sentença.

"Estou orgulhoso de ir para a prisão hoje", disse Bannon. "Não tenho apenas nenhum arrependimento, estou orgulhoso do que fiz."

A imagem mostra um grupo de pessoas em um protesto ao ar livre. No centro, um homem está falando em um microfone, cercado por várias câmeras e microfones de imprensa. Algumas pessoas seguram cartazes, incluindo um que diz 'FREE BANNON' e outro que diz 'STEVE BANNON MEDAL OF FREEDOM'. Há também várias bandeiras americanas visíveis no fundo.
Estrategista-chefe da Casa Branca no governo de Donald Trump, Steve Bannon fala em entrevista coletiva antes de entrar na instituição correcional federal, em Connecticut - Yuki Iwamura - 1º.jul.24/AFP

Bannon perdeu na última sexta-feira (28) uma tentativa de última hora de evitar a prisão quando a Suprema Corte rejeitou seu pedido de adiamento da sentença enquanto ele esgota o processo de apelação de sua condenação.

Ele foi condenado a quatro meses após ser considerado culpado em 2022 de dois crimes de desacato ao Congresso. As acusações se referiam à recusa de Bannon em entregar documentos e em testemunhar perante um comitê da Câmara liderado pelos democratas, que investigava a invasão do Capitólio.

Bannon foi um conselheiro-chave na campanha presidencial de Trump em 2016, depois serviu como seu principal estrategista na Casa Branca em 2017 antes de uma desavença entre eles que mais tarde foi resolvida.

O americano criou um projeto chamado "O Movimento", para unir líderes populistas de direita pelo mundo. No Brasil, ele é próximo da família Bolsonaro e chegou a nomear o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, como seu representante no país.

Ele já afirmou que Jair Bolsonaro é um "grande herói", fez insinuações sobre os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e disse ter fascínio pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A imagem mostra dois homens sorrindo em um corredor. O homem à esquerda tem cabelo grisalho e veste uma camisa preta. O homem à direita tem cabelo curto, barba e veste uma jaqueta marrom. O corredor é iluminado e possui portas e paredes claras.
Steve Bannon e Eduardo Bolsonaro durante encontro na Flórida - @BolsonaroSP no Twitter

Este não é o processo mais grave em que Bannon está envolvido. Ele foi preso em agosto de 2020 sob acusações de fraude, lavagem de dinheiro e conspiração devido a irregularidades na arrecadação de recursos para construir o muro que separa EUA e México, bandeira de campanha de Trump.

O estrategista pagou fiança de US$ 5 milhões (cerca de R$ 28 milhões) e foi liberado em seguida, para responder em liberdade. Em 20 de janeiro de 2021, horas antes de passar o cargo de presidente para o democrata Joe Biden, Trump concedeu, durante a madrugada, perdão presidencial a Bannon e a outros 142 aliados.

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