Fundada há três décadas, Ri Happy é a mais lembrada entre lojas de brinquedos
O pediatra Ricardo Sayon costuma contar em palestras a história de sucesso da Ri Happy, fundada há três décadas por sua mulher em um pequeno imóvel nos Jardins, em São Paulo, e hoje com 186 unidades em todo o Brasil.
Logo nos primeiros anos, quando eram apenas quatro as lojas de brinquedo e elas não iam bem financeiramente, ele abandonou a medicina para se dedicar ao negócio. Estudou o mercado e elaborou o conceito da Ri Happy: ir à loja tinha que ser um passeio. Foram criados espaços para experimentar brinquedos, atividades de recreação, revista para crianças e até campanhas sobre temas relacionados à infância, como vacinação.
A Ri Happy (Ri é de Ricardo) tornou-se a maior rede de varejo de brinquedos do Brasil e, em 2012, avaliada em R$ 500 milhões, foi comprada pelo fundo de investimento Carlyle, dono também da PBKids. Desde 2016, quando a categoria loja de brinquedos estreou na pesquisa Datafolha sobre os melhores serviços na opinião dos paulistanos das classes A e B, a Ri Happy é a vencedora.
Com o crescimento do comércio eletrônico, a ideia da empresa é aliar a venda online à proposta inicial de diversão nas lojas físicas, adotando a estratégia "omnichannel", algo como "todos os canais". A meta é ampliar a participação da internet, hoje 5% da receita. Para isso, a rede está investindo no site e em formas de conciliar a experiência física à digital. Há, por exemplo, a compra online com retirada na loja.
As unidades devem se transformar em centros de distribuição, para entregar o produto poucas horas após a aquisição pelo site. Próximo ao Dia da Criança e ao Natal, haverá o "PDV Mobile". Vendedores captam o código de barras dos produtos com um celular e fecham a venda com o cartão do comprador. A intenção é reduzir as longas filas que, convenhamos, dificilmente são uma experiência divertida.
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"Nossa estratégia está em atender o cliente quando e como ele quiser. As lojas físicas são mais que um local para compra, estão evoluindo para um polo de entretenimento e serviços. No futuro, devemos oferecer não somente produtos, mas também serviços como festas de aniversário ou cursos para as crianças"
Flávia Drummond, diretora de marketing da Ri Happy