Embora em linhas gerais a disputa pelo governo de São Paulo permaneça estável, com a confirmação da liderança de Fernando Haddad (PT) contra Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB), a mais recente pesquisa Datafolha mostra oscilações que reafirmam um cenário com grande margem de indefinição.
Rodrigo, por exemplo, que na sondagem anterior avançou quatro pontos percentuais, parecendo ameaçar a segunda colocação de Tarcísio, desta vez não se moveu.
O sucessor de João Doria (PSDB) no Bandeirantes manteve-se com os mesmos 19% do levantamento passado, enquanto seu adversário mais próximo variou levemente para cima, de 22% para 23%. Mesmo que a diferença situe-se no limite da margem de erro, de dois pontos para cima ou para baixo, a vantagem indica resiliência de Tarcísio, o candidato de Jair Bolsonaro (PL), na perseguição a Haddad, que desceu de 36% para 34%.
Pelos resultados numéricos, o republicano surge mais bem situado para chegar a um provável segundo turno contra o petista. Na simulação desse confronto, a pesquisa registra estreitamento da vantagem de Haddad sobre Tarcísio, que passou de 54% a 36% para 49% a 38%.
Rodrigo, porém, ainda seria o opositor mais difícil para o candidato do PT numa segunda rodada. A diferença entre os dois, que era de 6 pontos percentuais a favor do líder, oscilou para 5 pontos, ficando em 46% x 41%.
É preciso ressaltar que apenas 62% dos eleitores afirmam estar decididos sobre o voto para governador. Na resposta espontânea, aquela em que o entrevistado manifesta sua preferência sem consultar lista de nomes, 44% dizem que ainda não sabem em quem votar.
Haddad, após repetidas pesquisas, tem se mantido na liderança. O ex-ministro e ex-prefeito da capital conta com o apoio da chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), que está à frente na corrida presidencial.
Contudo, as disputas estaduais, como é sabido, não acompanham necessariamente as escolhas do eleitor no plano federal. Estados em que Lula desponta como preferido para a Presidência inclinam-se por nomes ao governo mais próximos do bolsonarismo do que da aliança petista. Pelo visto será preciso esperar os próximos dias para que o desenho do voto paulista se mostre mais consolidado.
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