'Lula não pode ser candidato, é a realidade fundamentada na lei', diz leitor

PT registrou candidatura de ex-presidente, com Fernando Haddad como candidato a vice

Eleições

Qualquer um, independentemente de quem seja, tendo sido condenado por um colegiado, é inelegível. Isso está na lei. Portanto, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não pode apresentar ao eleitor um candidato sem condições de elegibilidade. Do contrário estaria sendo omisso e empurrando  o país para a instabilidade. 

Paulo Tarso J. Santos (São Paulo, SP)

 

Exageradamente surreal o artigo da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (“Lula na urna em 7 de outubro”). O partido desafia uma lei sancionada pelo próprio Lula, quando presidente, como se ela não existisse ou só valesse para adversários. Infelizmente, o Partido dos Trabalhadores vive em um mundo paralelo, sem a menor credibilidade e compromisso com a verdade. Lula não pode ser candidato e ponto, é a realidade muito bem fundamentada na lei.

Marcos Fortunato de Barros (Americana, SP)

 

Meu modesto e incondicional apoio à corajosa e lúcida senadora Gleisi Hoffmann. A voz do povo é a voz de Deus, e, por isso, Lula será o vencedor no próximo pleito. 

José V. de Mendonça Sobrinho (Belo Horizonte, MG)

 

É muito triste constatar que o partido que outrora foi a esperança de um povo agora não consegue se livrar do personalismo tão obsoleto que caracteriza a esquerda caudilha. A impossibilidade de conseguir formular uma alternativa sem o “chefe” nos demonstra o fim da democracia interna, um dos grandes diferenciais do partido.

Flávio França (São Paulo, SP)

 

As propostas do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) são graves e não servem para combater o desemprego e a crise (“Bolsonaro propõe fundir Fazenda, Planejamento e Indústria sob Paulo Guedes”). Ao propor uma carteira de trabalho verde e amarela, cria uma segunda classe trabalhadora e joga o trabalhador para antes da CLT, obrigando-o a negociar individualmente em total desvantagem perante o patronato, sem apoio da Justiça e dos sindicatos, sem garantia dos direitos e sem força para negociar, conquistar e melhorar de vida.

Miguel Eduardo Torres, presidente interino da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos


Democracia

O sistema partidário é antidemocrático e excludente. O partido político detém o monopólio de acesso ao poder. Cúpulas partidárias exercem rígido controle de entrada e progressão nos seus quadros, invariavelmente utilizando critérios de interesse econômico, eleitoral e pessoal. Como resultado temos que o poder de escolha do eleitor é um mito, uma vez que este é limitado pela oferta de candidatos, que, por sua vez, atendem aos interesses de quem tem o poder de torná-los candidatos (“Os insatisfeitos e a democracia”, de Maria Hermínia Tavares de Almeida).

Luiz Oliveira (São Paulo, SP)

 

Parece-me que a insatisfação não é propriamente com a democracia, mas sim com seu simulacro entre nós: um Estado capturado pelas elites, naturalmente em benefício próprio.

Ivo Pera Eboli (Belo Horizonte, MG)


Prêmio cassado

A retirada de um prêmio científico por um alegado comportamento inadequado do premiado em relação a mulheres passa de todos os limites dos delírios puritanos (“Censura rasteira”). Vivemos tempos em que as pessoas se ofendem por qualquer coisa, se irritam com grande facilidade e reagem de maneira passional. Vamos deixar de ser infantis. Seres adultos e maduros são tolerantes, não se ofendem facilmente nem têm reações extremadas com bobagens.  E muito menos querem censurar qualquer coisa com que não concordem. 

Christina Pinheiro (São Paulo, SP)

 

Eu já havia pensado na insensatez que foi essa punição quando li a reportagem (“Pesquisador de tartarugas tem prêmio cassado após apresentação censurada”). Não sei se as fotos da apresentação eram somente as publicadas neste jornal, mas, se forem, a única coisa que revelaram foi a estupidez humana e a total falta de conhecimento da cultura brasileira e do calor amazônico.

Denis Tavares (Brasília, DF)


Mortalidade materna

Urge investir no estudo aprofundado, local, dos determinantes dos óbitos maternos e infantis (“Mortalidade materna sobe, e Brasil já revê meta para 2030”). E dos fatores protetivos: por que nascimentos em condições vulneráveis sobrevivem e outros não? Daí o valor da triagem e vigilância do risco gestacional e infantil. Se há uma rede de serviços integrada, equipes que se preocupam, monitoram e educam seus pares e pacientes, há maior chance de superar os obstáculos cotidianos da assistência, pública e privada. Sim, porque os óbitos não ocorrem apenas no SUS.

Roseine Patella, psicóloga (Santos, SP)


Teto de gastos

Acho que já ingressamos na crise fiscal, uma vez que nada está sendo feito para desviar o navio do iceberg que está à frente. A colisão será inevitável (“A penúria do 0,4%”, de Alexandre Schwartsman). 

Breno Amorim (Rio de Janeiro, RJ)


Charge

Discordo do leitor que questiona o “esquerdismo” dos chargistas, ameaçando deixar de assinar a Folha. Afinal, um bom jornal deve ser diversificado e multifocado. Quanto aos chargistas, cabe-lhes a inglória tarefa de nos fazer rir até da desgraça que vivemos. Não por acaso, o Laerte é um monumento nacional, um lindo pássaro cujos trabalhos existem para nos convencer de que a vida é bela.

Heloísa Fernandes, socióloga (São Paulo, SP)

 

A charge de Laerte da última terça-feira (14) não deveria estar nas páginas da Folha. O chargista ofendeu o juiz Sergio Moro, assim como a Polícia Federal.

Amaro d’Albuquerque (Taquaritinga, SP)


Crítica

A Folha até publicou na versão eletrônica o texto “STF retira de Moro trechos de delações da Odebrecht sobre Lula e Mantega”, notícia relevante no conjunto de ações jurídicas pró e contra o ex-presidente Lula, preso em Curitiba. No entanto, na versão impressa, cuja assinatura pago há décadas, não havia nem uma linha sequer, salvo se passei batido. Qual o motivo, não dar munição legítima aos simpatizantes do PT (entre os quais, aliás, não me incluo)?

Caetano Brugnaro (Piracicaba, SP)


PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br.​

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.