Sem vacilo
"Alcolumbre devolve MP que dava poder a Weintraub para nomear reitores de universidades" (Educação, 12/6). Mais uma prova de que, diuturnamente, eles ficam colocando à prova a Constituição e as instituições democráticas. Não pode-se vacilar nem um instante sequer com Bolsonaro e seus ministros.
Bianca Moreira (Brasília, DF)
Nunca pensei que um dia diria isto: "bendito Congresso''. Gostemos ou não, é graças a ele que medidas autoritárias e anticonstitucionais como essa não viram lei. Num governo normal, que não faz da ignorância, do autoritarismo e da mentira as suas principais ferramentas de governo, esse cara já teria caído há muito tempo. É o pior dos piores.
João Geraldo Souza (Angra dos Reis, RJ)
Gostei. Uma freada neste governo. Parece que a assessoria dele é péssima no que se refere à Constituição --ou então Bolsonaro não respeita mesmo ninguém. Parabéns, Alcolumbre.
Maria Alves Teixeira (Salvador, BA)
A situação é tão periclitante que chegamos a ponto de Alcolumbre ser capaz de ajudar. Obrigado.
Dartagnan Santos (Porto Alegre, RS)
O ministro no STF
Parabéns, Vinicius Gomes Wu. Já passou da hora de aprendermos que é necessário tomar atitudes e diminuir essa sensação de impunidade ("Weintraub fez chacota da China. Um neto de chinês não gostou e foi ao STF", Mundo, 12/6).
Sandra Mello (São Paulo, SP)
Sem desmerecer o trabalho de Maurício de Souza, a Turma da Mônica deve ter sido a leitura mais profunda que o ministro já teve. Já tivemos ministros que citaram textos mais eruditos.
Rodrigo Negrão (São Paulo, SP)
Não podemos esquecer que esse ministro foi escolhido e é mantido no cargo pelo presidente. Isso torna as ações dele muito mais graves. Sinto vergonha do momento que o Brasil vive. Repugnância por essa gente. Impossível argumentar com eles, pois habitam a esfera da insanidade. Além de tudo, revelam-se perigosos e perniciosos.
Maria Filomena Martins de Almeida Gomes (São Paulo, SP)
É o cúmulo: um indivíduo que não aprendeu nem a língua de seu país faz chacota da fala ou da escrita de outrem.
Julio Shiogi Honjo (Brasília, DF)
Lembrei da chacota que esta Folha fazia —e vários colunistas se esbaldavam— com o ex-quase tudo Sergio Moro. O ministro porta deficiência de linguagem, que dificulta a pronúncia de certas palavras. Cônjuge foi a mais famosa delas. Era "conge" para todo lado, em textos prenhes de um bullying tão deletério quanto inacreditável. Vejo agora o jornal dar a essa reportagem o tratamento que não dispensava a outras. E acho que Weintraub não cometeu crime nenhum.
Plinio Góes Filho (Maceió, AL)
Parabéns, Vinicius, por ter orgulho de todas as raças que o formam. Demonstrou honestidade, caráter e sede de justiça, qualidades que esse ministro não tem.
Regina da Silva Mariano (Goiânia, GO)
Consórcio de imprensa
Escrevo para parabenizá-los pela iniciativa feita com outros meios de comunicação de fazer o levantamento de dados com estados referentes à Covid-19. Sou médica, epidemiologista, assinante da Folha e coloco-me à disposição para apoiar voluntariamente essa iniciativa.
Ana Luiza Curi Hallal, pesqusisadora do Departamento de Saúde Pública da UFSC (Florianópolis, SC)
Racismo
Ignorância dessas pessoas que defendem apenas um ponto de vista —o seu— e que acham que derrubando essas estátuas vão reescrever a história e mudar o presente. Cada personagem viveu a sua realidade em seu devido tempo ("Em meio a polêmica sobre estátuas de escravagistas, busto de ator negro é vandalizado com alvejante na Inglaterra", Mundo, 12/6).
Marcelo Lucas Braga (Osasco, SP)
Aqueles que não gostam do poeta Carlos Drummond de Andrade também irão detonar a sua estátua?
Gilberto Schoncer (Barueri, SP)
O deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) não é negro, e sim mestiço. E mestiços são bem mais aceitos que os negros na nossa sociedade. E talvez esse seja o motivo de ele ter dito que nunca foi vítima de discriminação. Revela ser um alienado e desconhecer completamente os números da nossa segregação racial. Apenas por isso pode afirmar que o Brasil não é racista ("'TSE pode representar ameaça à democracia', afirma deputado", Poder, 11/6). Colocar a culpa do racismo no movimento negro é como culpar os judeus pelo holocausto.
Pedro Valentim (Bauru, SP)
Revisionismo
A retirada de monumentos, por mais controversa que seja, é uma reivindicação que tem fundamento histórico. Borba Gato, por exemplo, foi um criminoso, perdoado pelo ouro que encontrou. São fatos documentados, e é bem diferente de um revisionismo que busca a negação. A pesquisa histórica contemporânea desmonta os mitos de criação das sociedades escravocratas como a nossa. Uma Redação tão alva como é a da Folha, caso considere a luta antirracista de fato legítima, poderia refletir qual é a razão de Borba Gato ou de o Monumento às Bandeiras serem tão ofensivos por ainda ocuparem o espaço público. As bandeiras como mito de origem são uma ofensa a negros e a indígenas. E são esses os meus ancestrais, os "mandados", negros e indígenas, que tiveram suas memórias apagadas, subestimadas e destruídas.
Thiago dos Santos Molina (São Paulo, SP)
Adolescente e imaturo
O presidente Jair Bolsonaro instiga a sua trupe --que adota a violência e o ódio como prática-- a invadir os hospitais para verificar se todos os leitos destinados à Covid-19 estão ocupados. Um ato inconsequente e de total desrespeito em relação aos funcionários da saúde e ao sofrimento alheio. O Brasil continua vivendo um vale-tudo, nas mãos de um presidente adolescente imaturo, irresponsável, sádico e perverso.
Anete Araújo Guedes (Belo Horizonte, MG)
Reabertura
Quan
do a abertura não vale a pena.
Victor Hugo (Rio de Janeiro, RJ)
Chorão
"Justiça nega multa por show que Chorão não fez por ter morrido" (Rogério Gentile, 12/6). Realmente, não tem o menor cabimento o pagamento de multa e de indenização por descumprimento daquele contrato. Ridícula e imoral a pretensão dessa empresa. Quanto aos valores pagos adiantadamente ao músico, acho que até caberia a devolução. Mas a empresa nem sequer conseguiu comprovar que houve o tal pagamento.
Claudio Errico (Cotia, SP)
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