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Leitores falam sobre mensagens que passam aos filhos na pandemia

Leitor elogia coluna de Cristina Serra

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Na última semana, a Folha pediu a seus leitores que compartilhassem relatos sobre as mensagens que passam aos filhos e filhas nesse momento de pandemia, que já é vivenciado há quase um ano e meio por todos os brasileiros. Confira algumas das mensagens que recebemos.

Vi outro dia que vocês pediam aos leitores que compartilhassem experiência vividas com os filhos na pandemia. Alguém já disse que, se a vida nos der limões, a gente deve fazer uma limonada. Eu (letra), meu marido (vocais, guitarra, baixo e programação de bateria) e nossas filhas (5 e 9 anos) transformamos a saudade e a distância na música abaixo. As meninas são nossas eternas fontes de inspiração e ficaram responsáveis pelos efeitos especiais!
Ludmila Tito (São Paulo, SP)

A mais importante mensagem que tentei transmitir é a de que temos responsabilidade em não transmitir aos outros. Podemos estar com o vírus sem saber, podemos nem adoecer, mas podemos transmiti-lo às pessoas, que podem morrer ou ter problemas sérios durante e no pós-Covid. Eu te protejo e você me protege.
Verena Schultze, fisioterapeuta (São Paulo, SP)

A mensagem que passei para meus filhos na pandemia foi a seguinte: aproveitem os momentos do "fique em casa" para ler bastante. Só não leiam a Folha, porque é um jornal mentiroso, tendencioso e parcial.
Valentim Alexandre (São Paulo, SP)

Nessa pandemia, ensinei meus filhos a se comportarem na sala de aula virtual. As aulas virtuais no ano passado foram um exercício de oportunidades e conquistas, mas também de muita paciência. Meus filhos são gêmeos e quase adolescentes, e elas eram quase o único momento de contato que eles tinham com outros amigos na mesma idade. Para quem teve o privilégio de acompanhar os filhos neste momento —assim como eu e minha esposa tivemos—, a jornada do horário da tarde era recheada de avisos nossos que eram mais ou menos assim: “Abre câmera, por favor, meu filho”, “Fecha o áudio aí, meu filho”, “Deixa a professor falar e larga esse chat, por favor...”. Houve também as diversas situações de conexão ruim, computador travado e convites para jogar joguinho no celular... Tardes intermináveis essas. Claro que tinha a hora do lanche, que a gente aproveitava para falar o que não estava dando certo, porque os professores estavam ali, dando o seu melhor, em situações que também eram novas para eles. Até as vozes dos professores a gente conseguiu reconhecer. A escola, agora, está mais perto de nós, porque aprendemos que, além de ela ter nos visitado todos os dias, a gente precisou criar um espaço, um ambiente confortável e silencioso, onde nossos filhos realmente pudessem estudar e aprender. Dentro de casa.
Carlos Henrique de Vasconcellos Ribeiro (Niterói, RJ)

No isolamento da primeira fase da pandemia, tive que ressignificar para eu mesma o que estava acontecendo no mundo. Depois, sentia necessidade de me comunicar, visto estar aposentada. Foi assim que iniciei um projeto de criar e contar uma história infantil por semana no Instagram. Acabei recebendo um convite da escola de minha neta para apresentar algo em homenagem ao Dia dos Avós de forma online. Escrevi um texto em que duas crianças entrevistam os avós sobre a pandemia e como viveram este período. Ali relatei minhas ideias e ressaltei a coragem das crianças que enfrentaram este período e o papel dos profissionais de saúde como heróis. Então coloquei acessórios e mudei de voz para encarnar os personagens do texto e fiz o trabalho para as crianças. Foi assim que falei da pandemia, não para os meus filhos, mas para minha neta e as crianças que amo e em cujas mãos estamos deixando um mundo por construir.

Maria Aparecida de Vasconcellos Pompeo (Mogi Guaçu, SP)

Sem dúvidas o período de quarentena é desafiador, mais ainda quando o dia a dia é especialmente preenchido por duas lindas meninas, Mariana, de 9 anos, e Júlia, de 6. Mariana, por ser mais adiantada na idade, compreende melhor o período, a doença e suas complicações, não arreda o pé de casa sem a máscara e seu álcool em gel. Júlia vê em tudo um motivo para diversão, desde os desenhos em suas máscaras até o acompanhar da fala da jornalista de TV que diz: “E se for sair de casa, use a máscara o tempo todo”. Tudo para ela é leve e didático. Ambas, de uma forma responsável e natural, entendem o momento delicado, os cuidados necessários e a importância de nossas atitudes para o bem comum, embora a falta de socialização com os amigos vez ou outra as aborreça. Aprenderam a admirar o que antes era desconhecido, inexplorável, como as chácaras dos desconhecidos nos arredores da cidade, o bezerro à procura da mãe e o pôr do sol antes negligenciado no corre-corre da “vida normal”.

Sara Mabel Lacerda Chaves (Teresina, PI)

O relato a seguir é de Maria Alice, de sete anos. "Tem que vacinar logo para a pandemia passar. O que importa na pandemia não são os presentes, é o amor. Todos tomando a vacina, a gente vai poder fazer piqueniques e passeio escolar nos ônibus. A gente vai se divertir pra valer. A gente vai fazer uma megafesta e vai bombar. E vamos gritar: "viva a vacina!". Enquanto tiver pandemia, tem que ficar em casa. Depois a gente pode fazer o que quiser fora de casa."
Maria Carolina Loss Leite (Rio de Janeiro, RJ)

Esta pandemia de Covid nos trouxe novos olhares para com nossos filhos. Tivemos que sentar e conversar mais do que nunca. Não está muito fácil, pois meu filho tem plena consciência do momento que atravessamos. E conversamos muito. Saídas somente o necessário, e na fase vermelha fechadinhos em casa. Mesmo perdendo o emprego, trabalhamos esse lado. A vida fala mais alto.
Deborah Pinto de Camargo (São Paulo, SP)

Disse para minhas filhas o que qualquer ser racional diria: não ouçam bobagens de parentes negacionistas, a Terra não é plana, o vírus mata, ivermectina e cloroquina são delírios, usem máscara, mantenham distância e jamais neguem a ciência, ela é vital. E leiam. Ler nos torna pessoas críticas.
Carlos Gama (Itacaré, BA)

Difícil essa situação para uma mãe. Por mais que os filhos usem máscaras e não vão a baladas, nossa cabeça está uma bomba. Minha filha tem 38 anos, separou-se recentemente e está se sentindo dona do mundo. Ela sempre diz que se cuida, mas eu cito o exemplo do Paulo Gustavo, que também se cuidava. Brigamos todas as vezes que ela viaja. Já vi postagem dela num bar noturno. Estou esgotada. E olha que ela tem 38 anos!
Aparecida Bicudo (Campinas, SP)

O final de 2019 marcava os preparativos para o retorno da minha filha ao Brasil depois de um ano de intercâmbio em Portugal. Em casa, começávamos a organizar os espaços para uma nova dinâmica familiar. Em janeiro, fizemos nossa última visita a alguns familiares no interior do estado de Goiás, antes do agravamento da pandemia da Covid-19. No início de março, entramos em home office, com aulas sendo ministradas em sistema remoto. Sem saber, iniciamos uma nova trajetória. Em dias mais complexos, como a defesa de trabalho de final de curso de forma online, assim como a colação de grau, ou o envio do currículo para uma vaga de trabalho sem saber quando será seguro o retorno ao presencial, ou nas quedas de internet em meio ao home office, o desespero e a frustração são inevitáveis para ambos os lados. Quando percebo que não deu, gosto de afirmar: mãe também é gente.

Denize Daudt Bandeira (Goiânia, GO)


Militares

Ao ler "Baixem o tom, fardados!", de Cristina Serra (Opinião, 10/7), orgulhei-me de ser assinante da Folha. Excelente texto, direto ao ponto. Leitura imperdível, que tornou meu fim de semana mais leve.

Ivan Chaves Sousa (Ribeirão Preto, SP)

Manifestações
Discordo de Tabata Amaral ("Sem jogos de soma zero", Opinião, 10/7) e dos que aceitam as desculpas de quem votou em Bolsonaro. Em 2018 já se podia prever o horror que viveríamos sob um governo assim. Bastaria ouvir a frase dele quando votou pelo impeachment de Dilma e outras tantas horríveis, que revelavam a qualquer desinformado de quem se tratava. E incluo entre esses falsos ingênuos quem votou em branco ou nulo. São todos responsáveis pelo descalabro que vivemos e pelo futuro incerto.
Maria Paula Twiaschor (São Paulo, SP)

Religião
"Ministério Público denuncia mãe por iniciar a filha no candomblé" (Mônica Bergamo, 10/7). É óbvio que o promotor não agiria sim se o ritual de iniciação fosse de uma religião cristã. O que dizer da absurda "confissão" exigida pela Igreja Católica de meninos e meninas para a primeira comunhão? É um evidente atentando contra a intimidade dessas crianças.
Newton Penna (Rio de Janeiro, RJ)

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