Deusa, Elza, imortal
"Morre Elza Soares, considerada a cantora do milênio, aos 91 anos" (Ilustrada, 20/1). Vi muitos shows dessa deusa —sim, eu tive essa sorte. No primeiro, há coisa de 25 anos, ela, já senhora, se apresentou com um vestido de crochê coladinho ao corpo, junto com toda aquela voz. Fiquei deslumbrada com tanto poder. Uma criatura assim é imortal.
Karina Ratton (Curitiba, PR)

Elza Soares, uma voz rascante, gutural, poderosa, que em em resposta genuína a Ari Barroso disse que era originária do Planeta Fome. Elza cantou que a carne negra é a mais barata do mercado. Ao partir, aos 91 anos, provou que é atemporal e necessária.
José Roberto Machado (São Paulo, SP)

Elza Soares foi imprescindível neste nosso caminhar feminino. Uma trajetória iniciada em tempos difíceis, rígidos, em que vigorava a lei da submissão e do silêncio. Não existiam direitos, autonomia, prazeres, nem projetos de vida; apenas obrigações. Barreiras foram quebradas e consequências bravamente suportadas.
Anete Araújo Guedes (Belo Horizonte)

Erros e mentiras
O artigo de Sérgio Rodrigues é perfeito ("O erro de chamar mentira de erro", Cotidiano, 20/1). Ele faz a síntese perfeita desse triste momento no Brasil: "A diferença entre errar e mentir é a que há entre boa-fé e má-fé". Errar é uma coisa, mentir é outra, muito diferente. O governo Bolsonaro usa a mentira como forma de governar. Que este jornal saiba fazer essa distinção, para o bem da verdade e do Brasil.
Therezinha Lima e Oliveira (São José dos Campos, SP)

Passado
"A visão premonitória social e política da professora Maria Hermínia Tavares é fantástica ("O passado se foi de vez", Opinião, 20/1).
Roberto C. Vaz de Carvalho (Araraquara, SP)

Segredo secular
"Governo Bolsonaro mantém sigilo de cem anos e nega acesso a processo contra Pazuello" (Poder, 20/1). O Exército Brasileiro é comandado por covardes. São corajosos para cometer irregularidades, mas covardes ao não assumi-las.
Arnaldo Flores (Porto Alegre, RS)



Sigilo (censura) de cem anos! A coisa deve ser muito mais grave do que a gente imagina...
Fábio Nogueira (Itajubá, MG)



O próximo governo tem a obrigação de derrubar todos esses sigilos que Bolsonaro impôs a documentos para proteger a si e a sua alcateia. O país precisa conhecer a fundo todos os crimes perpetrados pela atual administração.
Dionísio de Barros (São Paulo, SP)

Racismo
Acabei de ler o texto sobre o abaixo-assinado de alguns jornalistas da Folha contra o artigo de Antonio Risério ("Folha é acusada de veicular textos racistas em busca de audiência", Poder, 20/1). Quero parabenizar a Folha pela postura firme. Fala-se muito atualmente em liberdade de expressão, desde que a expressão esteja de acordo com o que "eu" penso. É fundamental manter o diálogo e ouvir quem não pensa como a gente. Assino embaixo da resposta de Sérgio Dávila.
Daniela Peres (São Paulo, SP)



Será que na Alemanha de hoje existe algum jornal progressista publicando algum antropólogo alemão questionando o Holocausto? Devemos prever a defesa da eugenia para a próxima coluna de Antonio Risério? Acorde, Folha, volte à razão!
Ana Maria Beghetto Pacheco (Curitiba, PR)

Contribuições
Até quando o trabalhador brasileiro sustentará a parasitagem dos conselhos profissionais? Impostos, taxas, contribuições, anualidades, menos direitos e mais deveres, meritocracia cobrada porque quem não tem mérito nenhum, apenas a arte de mamar nas tetas magras do trabalhador brasileiro. E espero que não voltem com a excrescência da contribuição sindical obrigatória também.
Franz Josef Hildinger (Praia Grande, SP)