'Faz parte da nossa história', diz leitora sobre álbum de figurinhas da Copa

Leitores da Folha colecionam por nostalgia e passam tradição de pais para filhos

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São Paulo

Na última sexta-feira (2), a Folha perguntou aos seus leitores se eles vão colecionar o álbum de figurinha da Copa do Qatar e quais suas histórias com os cromos que marcam a memória dos brasileiros a cada quatro anos.

"É a história de uma criança apaixonada por futebol, mas, sobretudo, por Copa do Mundo", resume André Cintra Silva, 42, de Betim (MG), sobre o início da sua relação com os álbuns. O jornalista, que trabalhou na Copa de 2014, no Brasil, diz ter voltado a colecionar os cromos como uma forma de reforçar o vínculo com o filho, que começou a se interessar pelo álbum.

Às vésperas do evento, a corretora de imóveis Regina Celia Souza, 55, de Macaé (RJ), tem o costume de se reunir com o marido e com os filhos para comprar, abrir, colar e trocar as figurinhas em um momento de "descontração e parceria". Ela guarda os álbuns completos até hoje. "Faz parte da nossa história".

Colecionadores de figurinhas da Copa Mundo trocando cromos do álbum. - - Rubens Cavallari/Folhapress

É a história de uma criança apaixonada por futebol, mas, sobretudo, por Copa do Mundo

André Cintra Silva

leitor, de Betim (MG)

Animado em reviver um hábito de quando era criança, Anderson Carlos Barreto, 47, de Suzano (SP), voltou a colecionar o álbum. Assim como André e Regina, o consultor de contas passou a brincadeira para o filho. Depois de apontar a troca dos cromos como uma das partes mais divertidas, e de falar da importância do contato com pessoas movidas por um mesmo propósito, ele relembra o que já fez para conseguir um cromo que faltava para fechar o álbum: "Já troquei 10 figurinhas por uma".

Arthur Moreira Mesquita, 17, de Embu das Artes (SP) diz que, apesar de nunca ter conseguido completar um álbum da Copa do Mundo, virou tradição comprar os livros ilustrados e colar os cromos junto com seu pai. O aluno de ensino médio até hoje guarda todas as edições que já teve, pois elas têm para ele um grande valor sentimental.

O estudante Gabriel de Asevêdo Fontana, 21, de Cachoeira Paulista (SP), também enxerga os álbuns como boas recordações e acredita ser uma tradição que precisa ser mantida. Envolvido nas trocas de figurinhas desde os nove anos de idade com ajuda do pai e do avô materno, ele afirma que gosta dessa cultura e que sempre fica empolgado em época de Copa do Mundo, principalmente pela interação da brincadeira.

Quem se junta ao grupo de colecionadores experientes é Antônio Marcos de Araújo Carvalho, 37, de Avaré (SP), que colecionou e guarda com carinho os álbuns de 2010, 2014 e 2018, que completou. Infelizmente, a sequência constante do escrevente cartorário, foi interrompida pelos altos preços dos envelopes de figurinhas da edição do álbum de 2022. Mas a admiração pelo futebol segue firme e as lembranças das trocas de figurinhas continuam frescas na cabeça do torcedor.

A professora Maria Vilany Rodrigues, 58, de São Paulo (SP), também diz gostar do esporte e adorar a brincadeira de trocar figurinhas, um costume que já a acompanha faz alguns anos. Além de lembrar da ansiedade de preencher o álbum com os cromos trocados em bancas de jornais, ela conta que a filha e o genro começaram a namorar em uma dessas rodas para completar o álbum. Hoje, estão casados e felizes.

E você, vai colecionar figurinhas neste ano? Deixe nos comentários.

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