Agricultura troca arroz e feijão pela ditadura da soja, afirma leitor

Assinantes também comentam dívida de Margareth Menezes e pedido de desculpas de Toffoli

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Arroz e feijão
A agricultura está trocando o tradicional "arroz + feijão", básicos na cultura alimentar do povo brasileiro pela dupla "soja + milho", basicamente usados em ração de proteína animal. Há mais de 40 anos, quando aluno da UFPR e estudando os novos rumos da economia, eu já alertava para o surgimento da ditadura da soja ("Arroz e feijão perdem espaço nas lavouras para grãos usados em ração", Mercado, 17/12).
Marcos Fernando Dauner (Joinville, SC)

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Área de plantio de soja e arroz no Rio Grande do Sul; produtores também têm cultivado milho e criado gado para melhorar rentabilidade dos negócios - Divulgação/Fagner Almeida/Federarroz

Cafona
"Jantar com celebridades e um mar de cocô" (Marcos Nogueira, 16/12). Admito que toda vez que vejo o Paris 6 citado como exemplo bizarro da cafonice brega endinheirada, me sinto menos sozinha nesse mundo! Achei bem pertinente a conexão desse tipo de restaurante com a estupidez do "Balneário" Camboriú. Nuvem não defeca, esses somos nós, e achamos que depois basta ficar olhando o panorama pela sacada do 51º andar que vai dar tudo certo.
Amanda Lorien Freire Visani (São Paulo, SP)


Perdão
"Toffoli pede ‘perdão’ a Lula por vetar ida ao velório do irmão quando ele estava preso" (Mônica Bergamo, 16/12). O máximo que se pode fazer é relevar. No mais, esse pedido de perdão veio tão tarde que mais parece oportunismo.
Luciana Conti (Rio de Janeiro, RJ)

Genival Inácio da Silva, o Vavá, em foto com o irmão Lula - Ricardo Stuckert/Divulgação

Dívida
"Margareth Menezes é acusada de dever mais de R$ 1 milhão a cofres públicos" (Ilustrada, 16/12). Acho que o Lula deveria rever essa indicação. Um partido que deixou o poder com um lastro de corrupção não deveria iniciar uma gestão indicando uma pessoa desse jeito.
Filomena Silva (Muriaé, MG)

A cantora Margareth Menezes, que foi indicada para o cargo de ministra da Cultura, conversa com repórteres ao chegar no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília (DF) - Pedro Ladeira/Folhapress

Nesta semana, a Folha perguntou aos leitores se eles já haviam presenciado algum caso de discriminação relacionado à saúde mental. Confira as respostas a seguir:

Sofri continuamente assédio moral no trabalho e frequentemente me afasto por depressão, ansiedade, transtorno do estresse pós-traumático etc. Como eles perceberam que sempre que sofro assédio moral, acabo me afastando, resolveram armar um falso processo administrativo para me demitirem. Os colegas tratam as doenças psíquicas como frescura e são completamente negacionistas.
André Luís Lima de Paula, 43, bancário (Campinas, SP)

Estou com burnout há algum tempo, seguido de insônia e algumas dores de cabeça. Comentei isso no trabalho. Um colega riu quando falei que buscaria psiquiatra por causa disso. Me mantive relatando o que sentia mesmo com a risada. No final do dia, ele veio pedir desculpas. Deu para ver que era simplesmente ignorância já que, em seu contexto, o que eu vivo não seria suficiente para ficar mal.
Pedro Gustavo Silva Ribeiro, 36, servidor federal (Uberlândia, MG)

Relatei ao dentista que estou tomando medicamento para depressão e ele disse que isso é algo da minha cabeça e que eu preciso querer para melhorar.
Ana Beatriz da Silva Santos, 24, estudante (Natal, RN)

Eu mesma sofri por fazer tratamento psiquiátrico. Olhares e comentários maldosos. Na minha área, buscar ajuda é ser tachada como a professora que não deu conta. Há uma discriminação muito grande.
Diana Santos, 40, professora (Ji-Paraná, RO)

Sim. Já ouvi comentários fazendo piadas pejorativas relacionadas a indivíduos que possuem doenças mentais, além da tentativa de minimizar a seriedade das doenças.
Maria Alice Lemos, 22, estudante (Natal, RN)

Presenciei uma chefe imitando uma secretária que tinha crises de estresse. Em outras situações, ela riu e imitou outras profissionais que demonstravam nervosismo. As outras pessoas sempre riam. Eu sentia nojo misturado com raiva.
Daniela Augusta Ferraz, 36, professora (São Paulo, SP)

Sim. Sou paciente da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e conheço pessoas que são estigmatizada e rotuladas como "seres" que a qualquer instante podem "surtar". E tenho amigos artistas sob orientação da neuropsicopedagogia que não têm a mesma acolhida em atividades, exposições, feiras de artesanato etc.
Antônio Carlos Ferreira da Silva, 51, professor (Delmiro Gouveia, AL)

Sim, por meus próprios pais. Quando entrei na faculdade de medicina, por conta da rotina exaustiva e provas, desenvolvi ansiedade, pedi a minha mãe para me consultar com psiquiatra e
ela disse que isso era besteira minha, que eu tinha tudo que precisava. Conversei com meus professores e psiquiatria, marquei a consulta e hoje me sinto muito melhor.
João Augusto Gonçalves Macêdo, 23, estudante (Campina Grande, PB)

Sim. Sofro de transtorno bipolar leve e as pessoas sempre me chamaram de doido.
Franklin Maia Scarton, 75, (Vitória, ES)

Em um conselho de classe de uma escola, ouvi de um professor que um determinado aluno era doente mental, que ele não era normal. O aluno em questão tem diagnóstico de TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).
Adriana Negretti, 51, professora (Campinas, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de Pierpaolo Bottini e Igor Tamasauskas, da Bottini & Tamasauskas Advogados.

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