Nesta semana, a Folha perguntou aos leitores como imaginam o mundo daqui a 500 anos. Confira a seguir algumas respostas.
Viagens até outro planeta serão comuns, a aparência humana será outra e haverá menos árvores. O planeta terá sofrido as consequências da nossa ignorância. Quero acreditar que as mulheres ocuparão os mais altos cargos de poder e não existirão homofobia e racismo.
Camilla Yumi Endo, 19, estudante
(Maringá, PR)
Creio que o mundo terá abolido a divisão de classes e que a tecnologia nos sirva para estreitar a solidariedade. Que seja uma só nação, e que nossas diferenças culturais sejam respeitadas.
Osvaldo Duffner Filho, 57, geógrafo e professor (São Paulo, SP)
Na Terra, coberta por um pântano fétido e ilhas de cidades autossustentáveis, o Sol se apagou, a Lua é vermelha e reflete o mar também vermelho e sulfúrico. O ar é rarefeito e, por essa razão, teremos brânquias. Ainda dá tempo de refletir...
Cecília Torres Nogueira, 58, professora (São Paulo, SP)
Um mundo triste, sem propósito e consumista. Mas acredito que os humanos não vão chegar tão longe.
Fabio Prado, 47, vendedor (Valinhos, SP)
Imagino que nossos hábitos possam ser invejados ou condenados. A falta de recursos naturais pode levar a uma vida com menos prazeres. Hoje esbanjamos coisas boas até em classes mais baixas.
Vinicius Baroni, 24, estudante de medicina (Porto Alegre, RS)
Se o mundo ao qual os senhores se referem é a Terra, demandará bem menos que 500 anos para que ela se encarregue de extirpar o câncer que a consome. Então o mundo se livrará do homem.
Giorgia Marcuccu, 81, jornalista
(Guarujá, SP)
O planeta será em grande parte inabitável. A reprodução será controlada, e as crianças serão de responsabilidade de todos. Reciclar lixo será o serviço obrigatório de cada pessoa depois dos 18 anos, em lugar do serviço militar.
Marcus Machado, 59, funcionário público (Viamão, RS)
Imagino que a Terra será um grande reservatório d’água — a humanidade estará em um outro planeta ou plataforma. O planeta pode ser Marte, as plataformas podem ser várias, com núcleos e reservatórios d’água e outros recursos!
Tiago Sampaio Flor, 34, autônomo (Camaçari, BA)
Por conta de guerras nucleares, a maioria dos humanos buscará promover um ambiente pacífico. Seremos pós-humanos (ou transumanos) com muita integração a máquinas. O calor será intenso. Nos adaptaremos a isso.
Rubens Abrão dos Santos, 49,
engenheiro, filósofo (Ribeirão Preto, SP)
O planeta passará por recuperação das atrocidades ecológicas. Isso será feito por novos governos subordinados a uma inteligência artificial pacificadora.
Lucas Guimarães Tanaka, 18, estudante de pré-vestibular (Londrina, PR)
Um deserto tóxico. O único vestígio de que pode ter havido uma civilização seriam os três montes muito erodidos das pirâmides de Gizé.
Antonio Celco Xavier de Oliveira, 61, arquiteto (São Paulo, SP)
A população será reduzida. Os gêneros não serão claramente definidos. Não haverá milionários nem miseráveis. Muitos humanos viverão só na companhia de androides.
Ricardo Abi-Ramia, 63, engenheiro (Niterói, RJ)
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