Em menos de um ano, três homens foram acusados em diferentes países de serem espiões russos que se passavam por cidadãos brasileiros usando documentos falsos.
O caso mais recente é o de Gerhard Daniel Campos Wittich, que dizia ser brasileiro filho de austríacos e viveu cinco anos no Rio de Janeiro. Ele fundou uma empresa de impressão 3D que chegou a atender órgãos como a Marinha Brasileira e o Ministério da Cultura.
A história guarda semelhanças com a de Serguei Tcherkasov, deportado da Holanda para o Brasil acusado de tentar se infiltrar no Tribunal Penal Internacional, em Haia, e com a de um homem preso na Noruega se passando por um pesquisador brasileiro.
Ainda não está claro se em algum momento esses espiões miravam instituições no Brasil, mas os casos acenderam um alerta entre as autoridades. A Polícia Federal passou a investigar se o país tem sido usado de forma sistemática por nações como a Rússia para formar agentes ilegais de espionagem.
No episódio desta terça (11), o Café da Manhã conversa com Fábio Serapião, repórter da Folha em Brasília, sobre como os supostos espiões russos usaram fragilidades na burocracia brasileira para obter documentos do país. O podcast analisa ainda as repercussões que a sequência de casos pode trazer para o Brasil.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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