Atores de Hollywood decidiram, de forma unânime, paralisar os trabalhos. Nesta quinta-feira (13), um dos principais sindicatos da categoria, que reúne 160 mil artistas, se uniu aos roteiristas, que cruzaram os braços há mais de dois meses, por melhores contratos.
As principais exigências dos dois grupos são semelhantes, ligadas a mudanças estruturais provocadas na indústria pela ascensão de plataformas de streaming. Os profissionais pedem, entre outros pontos, regulação no uso da inteligência artificial e um esquema de remuneração mais justo.
Com projetos em geral mais curtos que os da TV tradicional e do cinema, o streaming reduziu o potencial de ganhos e os pagamentos por reexibições, além de alterar a rotina de trabalho de escritores, que hoje têm jornadas mais exaustivas em equipes mais enxutas.
O impacto da greve em Hollywood pode ser sem precedentes. Só uma vez atores e roteiristas pararam juntos, em 1960, quando o presidente do sindicato dos atores era Ronald Reagan —que mais tarde se elegeria presidente dos Estados Unidos. Um resultado que se desenha certo é o adiamento de séries e filmes, em um efeito que pode se estender até 2024, pelo menos.
O Café da Manhã desta sexta-feira (14) explica o que está por trás da greve em Hollywood e discute as mudanças enfrentadas pela indústria cinematográfica. O podcast entrevista Rodrigo Salem, colaborador da Folha em Los Angeles.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Victor Lacombe. A edição de som é de Raphael Concli.
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