Qual é a hora de tomar antidepressivos e ansiolíticos? De que tipo de sofrimento estamos falando? E, depois de um longo tempo usando os remédios, como fica a relação entre identidade e medicamento? Eu sou mais eu quando tomo remédio? Essas são algumas das questões tratadas no episódio desta sexta-feira (24) de Meu Inconsciente Coletivo.
Para a sétima temporada do podcast, Tati Bernardi consultou psicanalistas sobre as principais queixas que aparecem nos divãs e reuniu dez desses temas. Nesta sexta, a escritora, roteirista e colunista da Folha conversa com a psicanalista Rafaela Zorzanelli, professora associada do Instituto de Medicina Social da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
"Tem uma hora que a coisa está tão doída e tão difícil que há um impedimento da possibilidade de elaboração das coisas. Esse é um outro jeito de entender o que é estar 'funcional': sua capacidade de adoecer e estabelecer novas regras para conseguir viver", diz Rafaela. "Qual é a hora de tomar [remédio]? O critério da funcionalidade é ruim e talvez a gente possa adotar o critério: 'o que, em termos de vitalidade, está sendo impedido'? E às vezes é um monte de coisas. E é preciso pensar nisso."
No podcast, que começou a ser publicado em fevereiro de 2021, Tati conversa com psicanalistas, psicólogos e psiquiatras e abre ao público temas recorrentes em suas sessões de terapia. Meu Inconsciente Coletivo já tratou de neuroses modernas, amor, e também de dramas vividos por personagens de grandes livros, filmes e séries.
A sétima temporada conta ainda com a participação dos psicanalistas André Alves, Mario Eduardo Costa Pereira, Lucas Liedke, Carolina Leão, Paulo Beer, Paulo Bueno, Lucas Charafeddine Bulamah, Rosely Sayão e Clarice Paulon. O podcast está nos principais agregadores e tem novos episódios todas as sextas, às 8h.
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