Um ano depois de cenas de crianças desnutridas escancararem a crise humanitária entre os yanomamis, a situação na terra indígena hoje mostra um quadro ainda longe de solução. A Folha esteve em uma unidade de saúde de Auaris, região de Roraima na fronteira com a Venezuela, e viu uma criança yanomami de cerca de 12 anos pesando 10 kg.
Auaris é um dos núcleos atuais da crise, cujo principal causador ainda é o garimpo ilegal. A atividade leva à contaminação de rios, ao desmatamento e à disseminação de doenças. Agentes de saúde dizem que todos os 4.000 yanomamis da região tiveram malária em 2023 —alguns, mais de uma vez; o número de casos superava os 6.900 até novembro.
Mesmo com a força-tarefa montada pelo governo federal para expulsar garimpeiros, a atividade voltou a pontos estratégicos do território. Ante a crise renovada e a admissão de dificuldades, na semana passada Lula comparou o combate ao garimpo ilegal a uma guerra. Ele prometeu um novo plano para a região, agora com ações permanentes.
O Café da Manhã desta terça-feira (16) fala da crise humanitária vivida pelo povo yanomami um ano depois de imagens terem denunciado a gravidade do problema. O episódio entrevista o repórter da Folha Vinicius Sassine, que discute o que foi e o que não foi feito e analisa por que é tão difícil retirar o garimpo e reverter o cenário de precariedade social.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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