A Petrobras vive uma crise desde que anunciou que não pagaria todos os dividendos aos acionistas da empresa. Apesar de o balanço de 2023 apontar um lucro de R$ 128 bilhões (menor que o de 2022, mas o segundo maior da história da companhia), o Conselho de Administração votou por reter os dividendos extraordinários.
A reação do mercado foi negativa e a medida levou a uma perda, somente na última sexta-feira (8), de R$ 55,3 bilhões no valor de mercado da empresa. A decisão foi lida como um sinal de que investir na Petrobras está rendendo menos e de que o governo está interferindo mais na companhia.
A diretoria propôs o pagamento de metade dos dividendos extraordinários, mas os representantes do governo no Conselho foram contra a proposta. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, indicado pelo Planalto, defende a distribuição parcial dos valores; ele se absteve na votação.
Na segunda-feira (11), o presidente Lula (PT) convocou uma reunião com Prates e os ministros envolvidos na disputa: Alexandre Silveira (Minas e Energia), Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda). Na saída, Haddad disse que o conselho da companhia voltaria a se reunir para debater os pagamentos e minimizou os atritos.
O episódio desta quarta-feira (12) do Café da Manhã trata da crise dos dividendos na Petrobras. O podcast ouve o repórter Nicola Pamplona, que explica como funciona esse pagamento pela companhia, e a repórter e colunista da Folha Adriana Fernandes, que analisa a disputa dentro do governo e os efeitos dela para a imagem da Petrobras.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Laila Mouallem e Carolina Moraes e edição de som de Thomé Granemann.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.