Podcast: o que explica o interesse pelo jogo do bicho e o debate pela regulamentação

Projeto que avançou no Senado autoriza jogos de azar; séries recentes deram à contravenção ar de fenômeno pop

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São Paulo

Uma votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta quarta-feira (19) deu novo impulso a um debate antigo no Brasil: a regularização do jogo do bicho. O texto, discutido no Legislativo há 30 anos, autoriza o funcionamento de cassinos, bingos e outros jogos de azar; na CCJ, a proposta teve parecer favorável com votação apertada, 14 a 12.

O jogo do bicho é considerado uma contravenção penal desde 1895 —três anos depois de ter sido fundado, no Jardim Zoológico de Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Mas, ao longo dos anos, se embrenhou na cultura popular e em universos populares como o Carnaval e o futebol —e, à margem da lei, se associou ao crime organizado.

Nos últimos meses, o bicho viu uma popularização nas redes, na esteira da série "Vale o Escrito". O movimento reforçou contradições que envolvem a contravenção, posta na encruzilhada entre a "romantização acrítica de uma prática popular que ignora a violenta rede de negócios que o jogo acoberta" e a "simples criminalização que ignora componentes culturais".

As definições são do livro "Maldito Invento de um Baronete - Uma Breve História do Jogo do Bicho", que o historiador Luiz Antonio Simas lança neste fim de semana. Simas está no episódio desta sexta-feira (21) do Café da Manhã, que olha para a história do jogo do bicho, discute por que ele ficou pop e analisa o que pode mudar se o PL dos jogos de azar for aprovado.

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O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes e Lucas Monteiro. A edição de som é de Raphael Concli.

Imagem de capa do podcast Café da Manhã, com o nome do programa escrito sobre vários recortes de jornais. Logos de de Spotify e Folha de S.Paulo podem ser vistas nos cantos
Podcast Café da Manhã - Reprodução
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