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05/06/2012 - 19h03

Prefeito abandona reunião do PT e diz que Humberto Costa será candidato no Recife

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DIÓGENES CAMPANHA
DE SÃO PAULO

Atualizado às 19h53.

O prefeito do Recife, João da Costa (PT), abandonou nesta terça-feira reunião do PT em que o partido discute a corrida eleitoral na cidade.

Segundo ele, a decisão pela candidatura do senador Humberto Costa (PT-PE) à prefeitura já está tomada, o que acaba com a possibilidade de o prefeito concorrer à reeleição.

"Eu fui chamado antes de a reunião começar na sala do presidente e ele me comunicou que a decisão a ser tomada seria pela intervenção, pela Executiva, [em favor] da candidatura de Humberto [Costa]", disse o prefeito ao deixar a sede do partido, no centro de São Paulo.

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O partido havia convocado uma nova consulta interna aos filiados para decidir sobre a candidatura na capital pernambucana. A primeira, realizada no mês passado, não foi reconhecida pela legenda após a disputa parar na Justiça.

Além do prefeito, participaria da consulta apenas o deputado licenciado Maurício Rands (PE), que também concorreu na primeira prévia. Rands, no entanto, desistiu a pedido da cúpula do PT, mas João da Costa resistia à orientação do partido de abandonar a candidatura.

Ao deixar o encontro de hoje, que acontece em São Paulo, João da Costa criticou a intervenção partidária e disse que discutiria com sua militância os próximos passos. O prefeito deixou aberta a possibilidade de sair do PT.

"Não disse que estou acatando [a decisão]. Mas também posso não acatar e sair do partido", disse João da Costa.

Francisco Rocha, coordenador da CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente majoritária no partido, negou aintervenção. "Não houve intervenção. É uma decisão política. O diretório municipal vai continuar funcionando normalmente."

Questionado se apoiaria a campanha de Humberto Costa, o prefeito desconversou e colocou em dúvida o interesse do senador em receber o seu apoio. "Não sei se ele quer meu apoio", disse. "Talvez até vá dar prejuízo na eleição", afirmou, lembrando ataques que sua gestão recebeu nos últimos dias.

Ontem, militantes que apoiam a pré-candidatura à reeleição do prefeito iniciaram uma vigília para aguardar a decisão da Executiva Nacional petista.

"Veja que inusitado, que coletividade, uma decisão sem ter havido votação? Isso é um novo estilo de reunião", disse o deputado Fernando Ferro (PT-PE), um dos apoiadores da pré-campanha de João da Costa.

PSB

Presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é desafeto de João da Costa e pediu a Lula o veto à sua candidatura.

O impasse atrasava ainda mais as negociações para atrair os socialistas à chapa do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.

Pouco antes de João da Costa deixar a reunião, o PSB anunciou que deixa o gestão de Geraldo Alckmin no governo de São Paulo, abrindo caminho para uma aliança com os petistas.

 

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