A reforma visual e estrutural da Folha na internet vem acompanhada de outra, invisível para os leitores: o sistema utilizado para colocar no ar os textos, páginas e especiais do site.
A Folha passa a usar um novo publicador, batizado de Gutenberg. Totalmente desenvolvido dentro do jornal, ele foi pensado para otimizar o trabalho da Redação.
O nome da ferramenta faz referência ao alemão Johannes Gutenberg, que criou, no século 15, a imprensa com tipos móveis reutilizáveis. A invenção fez com que ele fosse reconhecido mais tarde como pai da imprensa.
"O Gutenberg é conceitualmente diferente. Ele funciona com uma base de vários tipos de conteúdos que independe da plataforma que será utilizada para a publicação", diz Camila Marques, editora digital da Folha e uma das responsáveis pelo projeto.
O foco é otimizar o trabalho da Redação, de forma a dedicar mais tempo dos jornalistas à apuração e à edição.
Além de publicador de textos, o Gutenberg tem a função de criar sites e editar páginas.
O guarda-chuva do software abrange ainda um sistema de imagens utilizado para banco de dados, tratamento de fotografias e criação de galerias, um organizador de pautas e a base de informações dos lugares pesquisados para o Guia Folha.
Nos próximos meses, o Gutenberg será preparado para editar também textos da versão impressa.
"As aplicações foram pensadas a partir das necessidades da Redação, mas o projeto é mais ambicioso do que isso e atende outras demandas da empresa", afirma Ana Beatriz Dea, gerente de projetos responsável pelo Gutenberg.
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