Em seu terceiro ano como ombudsman da Folha, a jornalista Paula Cesarino Costa se deparará com a cobertura da Copa, das eleições e da intervenção no Rio atenta especialmente à pluralidade e à veracidade do conteúdo veiculado.
Em comum acordo com Costa, a direção do jornal renovou o seu mandato pela segunda vez, com término previsto para abril de 2019.
Décima segunda profissional a exercer a função, Costa, 53, assumiu em abril de 2016, depois de ter sido secretária de Redação na área de edição e diretora da sucursal do Rio, com mais de 30 anos de casa.
Cabe à ombudsman elaborar críticas diárias para consumo interno da Redação e uma coluna semanal publicada aos domingos no caderno Poder. Também deve dar seguimento a reclamações e comentários de leitores e personagens.
Para a jornalista, o principal desafio de seu novo mandato são as notícias falsas, ou, em inglês, "fake news".
"Não há dúvida de que terão papel predominante na campanha eleitoral e na ação da ombudsman, seja do ponto de vista de sua disseminação, seja em relação às inúmeras iniciativas de combate, prevenção e acompanhamento", observou.
Refletindo sobre a polarização no cenário nacional, Costa defendeu o respeito ao tripé que integra os princípios editoriais da Folha. "É essencial manter pura a santíssima trindade do bom jornalismo. O jornal deve se manter crítico, plural e apartidário."
Coberturas como as das reformas trabalhista e previdenciária, a seu ver, falharam nesse sentido: não escaparam ao viés ideológico. "Muitos reclamam do partidarismo. Enxergo escorregões, mas o eixo maior do problema é a falta de pluralidade na construção da pauta, na lista de entrevistados e na apresentação do tema."
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